quinta-feira, 7 de junho de 2012

DRIVE

Drive (2011)

Fui atraído pelo canto da sereia. O trailer parece legal, a história também: motorista de fuga e dublê(na minha opinião as 2 profissões mais afudês do mundo) se envolve com as pessoas erradas ao tentar ajudar vizinha.
Que filme horroroso. Devo ser muito insensível para não achar a atuação de Ryan Gosling magnífica. Só pode ser que todas as críticas feitas a esse filme foram por mulheres ou gays, porque para elogiar o cara(nesse filme) precisa ser totalmente tendencioso.

Ele fala 3 frases o filme inteiro. Tá sempre com a mesma cara. Até o robozinho do Wall-E - ta não vou apelar - digo, o robo, que também é assassino, do Eu Robô tem mais expressão que ele. Além disso não há ação, as coisas parecem não fazer sentido. Repito: eu devo ser um insensível para não compreender.
Ajuda a vizinha. Dirige o carro em silêncio. Conquista a vizinha. Não fala nada. Começa a matar todo mundo. Anda de carro. Mata. Carro. Silêncio.
Filme de merda. A trilha sonora também não faz sentido. Mistura anos 80 com algumas clássicas. Tudo bem, a fotografia é excelente. Os efeitos sonoros são legais também, criam um clima de tensão. Lembra um pouco o Iluminado nesse sentido. Obvio, perde feio, mas lembra um pouco. A unica coisa boa sobre a história é a imprevisibilidade. A mudança no comportamento do personagem foi inesperada e bem vinda. A ultima coisa horrível que não posso deixar passar: a fonte usada. Por que aquele batom rosa?

Não entendo porque foi aclamado em Cannes e pela galerinha do cinema.

Chato pra cacete.

domingo, 3 de junho de 2012

Jodaieye Nader az Simin

A separação é um filme do Irã, de Asghar Farhadi, que faturou o Oscar de melhor estrangeiro em 2012. A trama tem como chave o fim do relacionamento entre Simin e Nader. O último se vê então obrigado a contratar uma jovem para cuidar do pai, portador de Alzheimer. A contratada, entretanto, está grávida e, além disso, trabalha sem o consentimento do esposo. Em cima disso, conflitos morais e religiosos sustentam a história.
Mais uma vez, assim como em Procurando Elly, o diretor iraniano executa um excelente trabalho. Todo clima criado em consequência do divórcio do casal e tudo que vem sobreposto torna a obra memorável. É com êxito que ele trabalha o dilema da diarista, que precisa dar banho em um idoso com Alzheimer, e não sabe se isso é ou não pecado, segundo o Corão. Também aborda a vida da adolescente, filha de Nader e Simin, que precisa arcar com a atmosfera sombria que envolve casamento, família e religião.
Outra questão interessante que vemos na obra é a abordagem da sociedade iraniana. Todos os dogmas religiosos que sustentam o país não impedem que lá se viva de uma maneira semelhante a nossa. O filme serve, sim, mais uma vez, para quebrar preconceitos bobos e criados falsamente.
Fazia já um tempo que eu queria ter visto, e sem dúvida valeu a pena. Recomendo mais uma vez Farhadi. Abram os olhos para o persa!