quarta-feira, 26 de agosto de 2015

HEADHUNTERS

Adaptação do livro homônimo, o filme de 2011 conta a história de Roger Brown, um cara de 1.68m na Noruega, que trabalha como headhunter - recrutador de executivos. Roger, por ser baixinho e de origem humilde, sente necessidade de compensar, e faz isso através:
- do trabalho - é o melhor headhunter da Noruega, de reputação irretocável, nunca errou uma indicação. É excelente em leitura corporal, utiliza técnicas da polícia em suas entrevistas de emprego.
- da sua esposa Diana -  linda, rica, inteligente e mais alta que ele. Um troféu.
- dinheiro - para manter sua esposa, sua casa, seu carro, seu guarda roupa, a galeria de arte da mulher.
- seu cabelo - no livro, há várias menções sobre isso, enquanto o filme não se preocupa com esse detalhe.
Talvez eu tenha sido muito direto e dado a entender o contrário, mas Roger Brown ama sua mulher. Talvez não o suficiente para lhe dar o que ela realmente quer: um filho. Talvez também não ame suficiente para ser fiel: ele tem uma amante, Lotte.
Ao mesmo tempo, apesar de ser o melhor headhunter da Noruega, seu trabalho não é o suficiente para sustentar o estilo de vida que ele julga necessário, por isso, nas horas vagas ele rouba obras de arte. Para realizar esse trabalho, ele conta com a ajuda do diretor de uma empresa de segurança que, advinhe?, ele mesmo ajudou a selecionar para o cargo.

A história (que importa) começa quando Roger precisa indicar um candidato para o cargo de CEO de uma empresa de tecnologia chamada Pathfinder, porém ele não consegue encontrar o cara certo. Enquanto ele tem esse problema em mente, a galeria de arte da sua esposa terá uma exposição, e lá ele é apresentado, por ela mesma, a um sujeito chamado Clas Greve, aka Jamie Lannister. Eventualmente Roger Brown percebe que Greve não é um executivo como os que ele está acostumado a lidar. Ele foi da elite do exército holandês, especialista em rastrear, em "caçar" pessoas - um headhunter - e depois ascendeu profissionalmente ao topo de uma grande empresa de tecnologia. Em algum momento, Greve menciona a Brown que encontrou, no apartamento que herdou de sua tia, um quadro que se acreditava perdido, portanto conhecido somente através de livros de história, que poderia valer centenas de milhares de dólares.
Clas Greve parece que caiu do céu para Roger Brown: com uma indicação dele, a Pathfinder certamente contratará Greve e Brown ganhará um bom bônus. Conhecendo Greve um pouco mais, ele poderá conhecer o suficiente da sua rotina para planejar o roubo do quadro, que certamente resolverá sua necessidade de dinheiro. Aqui começa o filme Headhunters, que está mais para "Os homens que não amavam as mulheres" do que para "Thomas Crown - a arte do crime".

Se você gostou da história, minha primeira recomendação é o livro (link aqui), que é muito bem escrito, engraçado e viciante. Ok, pode ser que no começo você fique de saco cheio, mas vá em frente, porque é um ótimo suspense.
Se você não tem tempo ou paciência para isso, então assista ao filme. Somente se certifique de baixar uma legenda, porque, como já disse, é um filme norueguês. E preste muita, muita atenção, porque o ritmo é rápido e cada detalhe importa, acredite.
Qualquer um dos dois vale a pena, mas o livro vale muito, muito mais!!

domingo, 23 de agosto de 2015

Bastion

A Super Giant Games é uma empresa que está chamando atenção pela criatividade e beleza dos produtos. Sendo uma produtora indie, a SGG tomou suas liberdades para apresentar Bastion, seu primeiro e muito bem avaliado jogo.

Kid, o heroi.
No jogo, você é Kid, um garoto (ou garota) que misteriosamente sobrevive à Calamity, um desastre que eliminou a maior parte dos habitantes de Caelondia. Diante do desastre, Kid vai para o Bastion, centro da cidade e destino seguro nas emergências. Ao chegar lá, ele encontra um Stranger, que o orienta a buscar cristais para restaurar a cidade.

Ao longo do jogo, o jogador encontra outros sobreviventes; descobre sobre o conflito com os Uras, um povo vizinho à Caelondia e entente o que causou a Calamity. O jogo possui dois finais, mas a opção por eles é bem clara e próxima ao término. Fora isso, não há como influenciar na história.

O  jogo é em estilo beat'em up sobre um tabuleiro em 3 dimensões, com a câmera fixa sobre o personagem, que fica no centro. Todos os cenários são em ilhas flutuantes, e o personagem pode cair nas bordas, pontes e buracos, mas isso só faz com que Kid perca um  pouco de vida. O destaque é que as peças que montam o tabuleiro flutuante vão caindo do céu com o avanço do personagem, em um estilo único de progressão.

A cada cristal que o jogador coleta, é possível restaurar uma construção na cidade ou melhorá-las. Há seis construções diferentes, que permitem trocar e personalizar as armas, adquirir itens, alterar bônus do jogador e dar bônus aos inimigos, o que aumenta a dificuldade do jogo e as recompensas.

O jogador usa duas armas por vez, encontradas ao longo do jogo e um escudo. Há nove armas diferentes, cada uma com seus pontos fortes e fracos que podem ser calibrados pelos upgrades. O escudo não pode ser alterado, mas é uma arma importante, pois defesas precisas refletem projéteis e paralisam oponentes.

O nível de dificuldade depende da decisão do jogador. Os upgrades os inimigos podem ser editados livremente no centro da cidade (depois que o Templo é construído), e podem alterar bastante a estratégia de jogo. Sem eles, os inimigos são fáceis uma vez que o jogador domina a mecânica.

Ao tornar editável as qualidades das armas, dos inimigos e da própria cidade princial. Bastion assume uma jogabilidade única para cada jogador. Por melhor que seja, a customização não é o ponto forte de Bastion.


A sensacional arte de Bastion.
As cores de Bastion são explosivas. Embora os cenários girem em torno de 3 temas (cidade, pântano e cavernas), as combinações de cores e itens emprestam identidade a cada nível. Por outro lado, o cenário vivo - que literalmente cai do céu - gera uma satisfação na progressão pelo jogo.

Stranger, o interlocutor do jogo.
Melhor do que o visual, o áudio é fantástico. Durante todo o progresso do jogo, Stranger conversa com o jogador, descrevendo os cenários, as ações e sentimentos de Kid, a história de Ceolondia ou simplesmente contando suas experiências. A narração não é pedante e se limita a transmitir informações, mas agrega à experiência do jogo, contribuindo para o cenário fantástico de Bastion.

Combinando um  cenário que é montando com a progressão do jogador e uma narração detalhada, Bastion parece dialogar com o jogador, como se o jogo fosse uma história viva e muito bem contada.

Pra completar, a música é de uma qualidade excelente e integrada ao jogo. Depois de algumas horas, é difícil dizer se eu estava escutando um álbum de música que vinha com um jogo ou um jogo com uma excelente trilha sonora.
I dig my hole, you build a wall
I dig my hole, you build a wall
One day that wall is gonna fall Gon' build that city on a hill
Gon' build that city on a hill
Someday those tears are gonna spill

Bastion está disponível para diversas plataformas. Eu recomendo o título para todos os tipos de gamers, dos casuais ao pessoal mais hardcore.


quarta-feira, 19 de agosto de 2015

MR ROBOT

MR ROBOT é uma série sobre Elliot, um engenheiro de sistemas/programador, que sofre de forte desconforto social. Não sei como descrever exatamente a personalidade do personagem principal, então vamos dizer que é um desconforto social mesmo. Ele praticamente não tem amigos, não gosta de ser tocado, não consegue manter uma conversa, não demonstra emoção, não expressa sentimentos. Ele é quase como um robô, mas não por causa dele que a série se chama Mr Robot - pelo é o que podemos deduzir até o episódio 05 da temporada 01. 
Não significa que ele não tenha sentimentos, é que ele não expressa nada na interação social, mas através do computador ele é muito mais ativo. Ele usa seu conhecimento para hackear as pessoas ao seu redor, como sua psiquiatra, por exemplo, e descobrir tudo sobre elas. É assim que ele forma empatia, ou não.
Exatamente pelo seu talento como hacker, ele é contatado por um "mendigo" misterioso, até agora sem nome(Ep05 Temp01), que Elliot chama de Mr Robot, porque é isso que está escrito na sua camiseta. Mr Robot, que é um anarquista, tenta levar Elliot para o seu time de hackers, chamado FSociety, para derrubar um conglomerado, ou holding, enorme chamado E Corp. Não se engane, o nome da empresa não é Evil Corp. No primeiro episódio o Elliot disse que conseguiu programar o seu cérebro para sempre ler, ouvir e falar Evil Corp. E isso é uma dica enormemente sutil sobre o seriado, eu acho.

Por enquanto há uma porção de enredos e personagens ainda em formação, portanto é bem difícil dizer para onde a série está caminhando. De qualquer forma, podemos dizer que até então o tema está em Elliot sucumbir ou não à filosofia anarquista do Mr Robot, para quem, aparentemente, os fins justificam os meios. Na linha de Breaking Bad e tantos outros shows atuais, parece haver uma preocupação em construir os personagens de uma forma equilibrada, sem coloca-los no rótulo de vilão ou herói, mas fornecer uma história e justificativas para suas ações. 
Pera aí, só pra deixar claro: não estou comparando Mr Robot com Breaking Bad! Por enquanto Heinsenberg > Elliot. 
Apenas por enquanto, porque até o presente episódio, Mr Robot já tem nota 9,2 no IMDB. 


terça-feira, 11 de agosto de 2015

A série Death Battle! do Screwattack!

ScrewAttack! é um daqueles canais dedicados a videogames e ao universo pop. Eles produzem bastante, e há alguns vídeos e séries legais para quem curte a cultura nerd.

A minha favorita é a Death Battle!, que mostra confrontos entre personagens de universos diferentes. A primeira parte dos vídeos conta um pouco da história e poderes dos personagens; a segunda parte é uma luta animada em gráficos 16bits (ou melhores, até).

Um dos vídeos mais acessados é a luta entre Goku e Super-Homem, que já conta com mais de 30 milhões de visualizações. O canal faz uma análise profunda das capacidades de luta de cada um, e a animação é - para os padrões do youtube - impressionante. Esse vídeo é referido como uma das melhores respostas para uma das dúvidas mais complexas da filosofia moderna: quem é mais forte, Goku ou Super-Homem?

Vale a pena conferir:




sábado, 8 de agosto de 2015

Agents of Shield

Nos primeiros episódios, Marvel: Agents of Shield parece uma mistura de Malhação com Power Rangers. O clima infantil dura pouco, e a série assume tons mais sombrios do que a maioria dos filmes da Marvel.
O seriado acompanha uma equipe da Shield liderada pelo agente Coulson (que tinha morrido no primeiro filme dos Vingadores, mas não morreu não). A história corre em paralelo com os filmes, e é especialmente influenciada pelos eventos do Captain America: The Winter Soldier. Algumas participações especiais são recorrentes, como a agente Maria Hill, a Lady Siff e (por incrível que pareça) do Nick Fury.

Para quem pretende acompanhar o universo Marvel, a série é obrigatória. Ela ajuda a entender vários pontos do Universo Marvel que não são expostos com clareza nos filmes. Além disso, ela estabelece os Inumanos, pessoas superdotadas que devem ocupar o papel dos mutantes (já que os direitos cinematográficos dessa palavra pertencem à Fox).

Agents of Shield conta com duas temporadas de 22 episódios, cada um com uma hora de duração. A terceira temporada já foi confirmada e deve chegar no ano que vem. É bastante material pra matar o tempo entre um filme da Marvel e outro.




quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Numa Fria (Thin Ice)

O filme se passa no meio do nada, no norte dos EUA, naquelas cidades geladas, onde todo mundo se conhece e ninguém tranca a porta de casa. Um corretor de seguros meio falcatrua chamado Mickey  se encontra em dificuldades financeiras. 
Através de um outro corretor, Mickey consegue um novo cliente: o fazendeiro aposentado Gorvy. O senhor de idade, já meio senil, estabelece um relacionamento estranho com o seu corretor, pedindo que o leve no banco, que arrume sua televisão, etc. Mickey já não tem paciência pra isso, e está prestes a despachar o velhote para outro corretor. Teria feito isso, se não fosse a descoberta de um violino raro no meio das tralhas do velho Gorvy. 
A partir daí, como é de se esperar, o corretor, que até então era apenas meio falcatrua, acaba se tornando um criminoso, e que por uma série de eventos mal planejados, se vê na companhia de outro criminoso, bem mais experiente e desequilibrado que ele.


Não é um filme daqueles imperdíveis, mas é totalmente recomendável. 

quarta-feira, 29 de julho de 2015

UNDEFEATED

Se você gosta daqueles filmes que contam histórias de superação que tem como base o esporte, tipo Coach Carter, Duelo de Titãs, Um Sonho Possível e - por que não? - o clássico dos anos 80 Mighty Ducks você precisa assistir a esse documentário.

Ele conta a história real de um time de futebol americano da cidade de Memphis: Manassas Tigers. É um time de uma escola bastante pobre, cujos alunos tem inúmeras dificuldades, porém com a chegada de um novo técnico de futebol - Bill Courtney -, eles passam a ter uma chance de melhorar a vida.

Sim, é mais uma história de superação com o esporte. Mas não é ficção, é um documentário. Não tem atores, não tem dublê, não tem efeito especial. Não tem cenário. Não tem roteiro. O enredo se desenrola - absolutamente e assustadoramente - ao natural, aprofundando os personagens e junto com a campanha do time.

Além da história incrível, é impressionante a maneira com que eles conseguiram filmar e montar o filme. Realmente, em momentos fica quase impossível distinguir Undefeated dos citados no primeiro parágrafo, pela intimidade das cenas e da semelhança com os mais improváveis cliches da ficção.

Assista com isso em mente, tenho certeza que você vai ficar completamente surpreso. Se não foi o suficiente pra te convencer a assistir, ele ganhou o Oscar de melhor documentário em 2011.

domingo, 26 de julho de 2015

Justice League: Gods and Monsters

Se a Marvel domina nos live action movies, a DC está bastante na frente nos animated movies. Segundo a wiki, eles já são mais de 25, e há mais por vir!

Nesse post, vou falar do Justice League: Gods and Monsters. Ambientado em uma realidade alternativa à continuidade do universo oficial da DC, o filme exige pouco conhecimento prévio dos personagens (mas é legal saber para sacar as diferenças).

Nessa história, o Super Homem é filho do general Zod, e foi criado por uma família humilde de latinos; o Batman é um "vampiro" e a Mulher Maravilha tem origem em Apocalópolis (!!!). Os três formam a Liga da Justiça, que não segue os valores tradicionais da liga no universo principal.

Com bons diálogos, história bacana e um nível de violência dificilmente visto em filmes animados, Justice League: Gods and Monsters é um bom começo pra quem quer sair um pouco do universo Marvel e encontrar personagens antigos com uma cara diferente.


terça-feira, 21 de julho de 2015

King of Kong

Sensacional documentário de 2007, que mostra o duelo entre o campeão dos arcades (fliperama) da década de 80 e vendedor de "chicken hot sauce", Billy Mitchell, e do seu mais novo arqui-inimigo Steve Wiebe, professor de colégio e eterno 2º lugar na vida, na busca pelo recorde mundial de Donkey Kong - o jogo mais difícil de todos os tempos, talvez.


Imagine um "Karatê Kid" em que ao invés de karatê, a rivalidade é no fliperama. Se preferir, pode ser Rocky Balboa(qualquer um), ou o seu preferido entre os clássicos dos anos 80, só que rivalidade é no fliperama. Os personagens são praticamente idênticos: o campeão arrogante VS o desafiante inseguro. E ainda há os outros personagens, que fica até difícil acreditar que não são atuados: as famílias dos principais jogadores, os outros jogadores - cada um mais peculiar que o outro - e o Juiz, talvez o mais excêntrico de todos.
É um documentário viciante, absurdamente interessante de assistir, cujo foco principal são justamente os personagens, que não posso deixar de frisar, mal dá pra acreditar que não são fictícios. Por isso, o instrumento(Donkey Kong) de rivalidade passa a importar menos do que a luta entre as pessoas, então é fácil enxergar que o bem VS mal, justiça VS injustiça, poder VS indivíduo é o real motivo do filme.

"A vida imita a arte" é isso.



segunda-feira, 25 de maio de 2015

Rostos na Multidão

Fazia tempo que eu não assistia uma porcaria assim. Pelos primeiros 5 minutos pode até parecer um bom filme, mas não se engane: você está diante de algo muito mal feito.

Rostos na Multidão é um suspense policial com o tema da busca pelo criminoso. Clássico... Contudo, ao invés do assassino ser daquele tipo gênio, que está sempre 10 passos à frente da polícia, nesse filme a caçada se torna complicada por causa da testemunha. É que a moça que presencia o crime, acaba por sofrer um trauma que a impossibilita de reconhecer rostos. Cada vez que ela olha para alguém é como se estivesse conhecendo pela primeira vez. Vale pra qualquer pessoa: suas amigas, seu namorado, seu pai. É com essa testemunha que a polícia precisa lidar, pois é a única que pode ajudar a prender um serial killer.

Embora a premissa seja interessante, a execução é péssima. Atriz principal terrível, por algum motivo sempre sussurrando. Roteiro muito mal feito, sempre empurrando o confronto entre os personagens, o que inevitavelmente acabaria com a história em 20 minutos. Ambientação ridícula, até os cenários das novelas da globo são melhores. A revelação do criminoso é bastante previsível, caso você já tenha assistido alguns filmes desse tipo. Enfim, não perca seu tempo... a não ser que queira passar 1 hora e pouco ficando bravo com a televisão.

Se você gostou da ideia de um suspense com um personagem sem memória, nós recomendamos Amnésia, ou "Memento". Esse sim, um baita filme. Inclusive, temos uma review dele.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

JEFF

Jeff, who lives at home é o nome do filme. Acho que ele não foi lançado no Brasil com um aposto, como nos EUA. Aqui ele é apenas Jeff.

Jeff(Jason Segel, o Marshal do How I met you mother) é um cara de 30 anos que ainda vive com a mãe, não trabalha, não tem namorada e não tem objetivos na vida. Ele parece estar esperando algum sinal para agir. Alguma força maior que o ponha em movimento. O filme é sobre isso. O dia que a vida do Jeff vai ter sentido.
Ao mesmo tempo, estão na história a mãe e o irmão, que são o oposto do Jeff, simplesmente por serem pessoas normais. Exteriormente. Tanto a mãe(Susan Sarandon) quanto o irmão(Ed Helms, que ficou mais famoso pelo personagem no "Se beber não case") estão na merda. Mas advinha? Os problemas deles não são tão diferentes assim dos do Jeff...


É um filme com momentos engraçados misturados com, na minha percepção, um drama muito raso. Não chega a emocionar e nem faz rir. Tem umas cenas interessantes, como por exemplo uma chamadinha rápida pra Telma e Louise.

Se tu é do tipo de pessoa que acredita em destino, sinais, e todo o resto de filosofia que vem junto com o estilo de vida, tenho certeza que vais gostar do filme. Não é pro meu gosto, não tenho tanta sensibilidade. Tem no Netflix.

terça-feira, 3 de março de 2015

Dracula Untold

Bram Stoker não descreveu a origem de Drácula: no livro, Van Helsing apenas explica que ele é uma criatura sobrenatural. Importante ou não, a lacuna na explicação não impediu que o livro se tornasse um clássico.

Dracula Untold aproveita o espaço deixado por Bram Stoker para criar. A história se passa séculos antes dos eventos do livro e agrega elementos da história real de Vlad, o Impalador (que serviu de inspiração para a criação do personagem). No final, o filme tenta fazer uma ponte para os eventos do livro. Claro que não funciona. Drácula do filme é um heroi, enquanto que no livro ele é a representação do próprio mal.

Colocando o livro de lado, o filme é divertido. A produção é legal, o autor encara bem o papel de heroi/vilão, e a ideia de usar o mal para um resultado bom é interessante. Enfim, é divertido. Só espero que eles não decidam fazer continuações no estilo Underworld.








domingo, 1 de março de 2015

Sandman (HQ)

Comecei a ler Sandman por acaso, no intervalo entre uma tarefa e outra do trabalho. Depois de algumas tentativas, minha produtividade caiu muito.

Sandman é viciante pra quem curte um estilo sombrio de arte e roteiro. Inserido no universo DC, o primeiro arco conta a saga de Morpheus em busca de três itens que guardam parte de seu poder. A história corre em paralelo para os atuais possessores dos artefatos, e eventualmente Sandman entra em confronto com eles. Os enfrentamentos não são com base em força física, e o desfecho é sempre imprevisível.

Pra quem não quer ler, vale a pena procurar algumas imagens e apreciar o estilo. É uma obra de arte.



terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Miss Violence

Nunca tinha visto qualquer filme grego. Li sobre esse num link indicando bons filmes de 2014 fora do círculo midiático. O "fora do círculo midiático" me fez ir atrás (#wannabe). Depois vi que já tinha sido premiado em Veneza e bem avaliado pela "crítica especializada", aquela chata.
Miss Violence não é uma tragédia grega, embora pareça querer. Começa em uma bonitinha festa de aniversário de criança, com bolo e vovôs. Não é que, sem motivo aparente, uma guriazinha de 11 anos se atira da janela do apartamento? Inicia a trama!
Não constitui um thriller e não tem nada de suspense. É um drama sarcástico sobre a classe média ateniense; uma crítica ao machismo, ao abuso de poder, às estruturas da sociedade grega - foi o que eu tentei entender.
No início, é tudo meio confuso e entediante. Tu não sabe quem é o pai da criança, ou se ele é o avô. A mãe tu não sabe se é mãe ou vó, mas tudo vai se explicando conforme passa o tempo. Aí começa a ficar interessante, mas um interesse que logo se dissolve: a causa mortis e o desfecho de tornam óbvios. O filme acaba como começou, apático, chato, ainda que com uma abordagem interessante e coloridas com cenas que pedem estômago vazio. Uma superculpabilização da vítima também parece exagerada; é um tema que, todavia, merece discussão e é bem levantado pelo diretor. Ponto pra ele.
Não conhecia nenhum dos atores e todos me agradaram. Eles ajudam, o enredo é que parece travado. Ainda assim, acho que é uma boa oportunidade pra conhecer o cinema da Grécia. Dizem que o teatro de lá é bacana.


quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Injustice: Gods Among Us (os quadrinhos)

Eu nunca curti muito os quadrinhos da DC, nem os filmes (salvo Batman). Sempre achei a maioria dos herois da DC rasos, overpowereds ou chatos mesmo.

"Injustice: Gods Among Us" possui um passo diferente. Nesse universo, o Super Homem decide abandonar os paradigmas de "não matar" e de "não intervir na política". Nem todos concordam, e a liga da justiça fica dividida: enquanto o Super Homem assume o controle do mundo, a resistência é liderada pelo Batman. O abismo entre a força física deles é compensado por estratégias, intrigas e truques do morcegão.

Por ser uma edição de quadrinhos com data para acabar (são previstos 5 anos, e já está na metade), muita gente morre. Muita. Ao contrário do que normalmente ocorre nas séries com duração ilimitada, os criadores de Injustice não tiveram pena de acabar com a vida de alguns personagens principais - em definitivo.

Como dá pra imaginar, os quadrinhos foram lançados para promover o jogo. Confesso que não sei se a história dos quadrinhos bate com a do jogo de luta, mas nem precisa: Injustice parece ser uma boa experiência, tanto no jogo quanto na revista.

Ah, faltou um detalhe: os criadores do Mortal Kombat fazem parte do corpo de criação da série. Isso explica um pouco o volume de sangue nas páginas.