segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Under the Dome

Em uma cidade pequena nos EUA uma redoma aparece, deixando a cidade enjaulada. 
A história, até a primeira temporada, não é muito complexa, em termos de relação entre os personagens. Até um pouco previsível. O que dá complexidade para a trama é a tal da redoma. Ninguém sabe por que ela apareceu, como ela se mantém e se é possível desliga-la. 


Eu estava esperando um pouco mais da série, por ser baseada num livro do Stephen King, que ainda é produtor junto com Steven Spielberg. Só que quando começou a ficar muito ficção científica pro meu gosto, acabei perdendo a vontade de assistir. Como disse, a complexidade se dá pela redoma. Mas não no sentido científico, exploratório. E sim no sentido sobrenatural. Por exemplo, a redoma aparentemente tem vontade própria, e se manifesta através de fenômenos naturais. Acho que é forçar a barra. Quem sabe nas próximas temporadas a explicação venha e convença. Mas eu devia desconfiar do Stephen King depois dos filmes "1408" e "Apanhador de Sonhos". Horríveis.
Esperava mais do cenário "ilha deserta": os personagens não tem contato com o mundo, os recursos são realmente escassos, as autoridades são questionadas, o dinheiro não tem importância... Como fica a sociedade nessa situação? Nesse aspecto decepciona bastante. As soluções para todos os problemas que surgem são muito simples, fracas. Se tu gosta desse tipo de coisa, é legal "Senhor das Moscas" e até The Walking Dead.
Se você gosta dessas coisas, talvez seja ideal. Assista. Tem no Netflix. Mas se você prefere coisas como Breaking Bad, nem gaste seu tempo.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Relatos Salvajes

Taí um filme que me chamou atenção como há muito não me tocava. Coloco ele, sem medo, entre os top 10 da vida, quiçá top 5. Te lo juro! de tão bom que o é.
E não é porque tá o Darín - o Maradona do cinema e meu ídolo atual - no elenco. Relatos Salvajes, na verdade, não apenas conta uma história; são 6 pequenos contos que, sim, tem o mesmo tema: vingança, embora não se atenha só a ela. Vingança ela, que é indissociável da raiva, muito bem contada comitragicamente, o que nos faz ouvir risos na salinha do cinema.
A corrupção, mesmo a de pequenas causas, também é tocada na peli, o que nos incomoda. Incomoda porque a produção argentina, desse mesmo ano que finda em instantes, é uma brilhante metáfora da vida real. Quem não se identifica ou identifica outros personagens na briga de trânsito, quem não se enraivece com os corruptores do sistema? Relatos Selvagens vai além. Questiona onde estão nossos limites e se esses limites são éticos ou se o ético é ultrapassá-los.
O diretor, Daniel Szifron, não era do meu conhecimento, mas a produção tem ninguém menos que Almodóvar. Vai competir o filme ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Será lastimável se não levantar a estátua. Mas quem duvida do bom go$to da Academia?
Vê ele, e perde o teu tempo com os amigos discutindo o filme. Depois, discute comigo porque eu coloquei ele entre meus top 5 (sim, agora top 5). Só não te fresqueia e não inventa de ser mais um "herói" de outro relato selvagem.



quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Marching Powder

A história de um gringo traficante que vai preso em La Paz, Bolívia. Grandes coisas. Acontece que não é qualquer prisão. É San Pedro. E não é qualquer gringo. Thomas McFadden é um cara esperto.
O que me chamou atenção na história, não foram os personagens e sim o ambiente. Por mais surreal que pareça, San Pedro é um lugar real. As histórias absurdas só são impressionantes por serem verdades. Do contrário seria somente um conto de gringo chliquento em uma prisão do terceiro mundo.
San Pedro se localiza em uma zona nobre de La Paz. Visto de fora, nem parece um presídio. Na verdade, pouca gente imaginaria um presídio ali. Não é nada lógico. Ainda mais com tanta gente entrando e saindo. Mulheres, crianças de uniforme escolar, guardas, turistas. Hein? Sim. San Pedro é um presídio diferente. Quer uma sela? Compra. Quer uma sela melhor? Paga mais. Quer ver tua familia? Leva eles pra dentro da prisão. Quer sair pra jantar? Vai num restaurante. Dentro da prisão. Pede uma coca-cola. Sim, é tudo verdade.
A história é contada por um gringo chamado Thomas McFadden, que aparentemente já era um personagem antes mesmo de virar um. Ele foi preso nos anos 90 e libertado em 2000. Ficou preso no total 4 anos e pouco. Chegou lá sem falar espanhol, e como ele diz, nem se considerava um criminoso. Ele comprava cocaína na Bolívia e levava pra Europa. Simples. Tinha empresa de fachada e tudo. Thomas é um cara esperto. Nunca havia sido pego.
Ao longo do tempo ele foi aprendendo a viver na prisão - em San Pedro. Ele ficou tão bom em ser presidiário que virou guia turístico lá dentro. E até saiu  no Lonely Planet, o livro-guia de viagens. Foi assim que Rusty ficou conhecendo ele.

Thomas e Rusty, que escreveu o livro
O livro é bem interessante, embora deveria ter sido mais bem escrito. Muitos personagens não ganham importância, como era de se esperar. Ainda outros ganham em excesso. Mas é uma leitura bem rápida e leve, embora o tema seja bastante pesado. Infelizmente não encontrei em português, mas dá pra ler em inglês tranquilo.
Notícias mais ou menos recentes informam que finalmente o livro irá virar um filme (link da BBC). Não entendi muito bem, mas parece que o Brad Pitt tinha comprado os direitos, mas agora não os detem mais. Sei lá. O que importa é que o ator que interpretará Thomas está definido: Chiwetel Ejiofor. E mais interessante ainda, o diretor será o José Padilha! Isso, o do Tropa de Elite!!!
Se não quiser ler o livro, certamente valerá a pena assistir o filme.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Robin Williams: top 5 filmes preferidos

Com a morte do Robin Williams, resolvemos fazer uma lista rápida dos 5 melhores e/ou mais marcantes filmes dele.

5. Uma babá quase perfeita
Absoluto clássico da sessão da tarde nos anos 90. Comédia das mais idiotas, talvez tenha sido feita só pro Robin Williams poder se vestir de senhora.
Enredo: Robin Williams perde a guarda dos filhos no divórcio e resolve se vestir de mulher e consegue ser contratado como babá dos próprios filhos. Tudo isso pra poder se travestir, antigo sonho dele.
Não é dos mais engraçados, mas certamente dos mais marcantes, material de paródias até hoje.


4. Aladdin
Mais um filme infantil, mas no qual Robin Williams só faz a voz do gênio. Além desse, fez voz em "Happy Feet".



3. Insônia
Agora uma recomendação de verdade. Esse filme é muito bom, acredite. É um suspense policial dos melhores.
Dois detetives são enviados para uma cidadezinha no Alasca para investigar um assassinato. Acontece que, na cena do crime, os policiais acreditam ter visto o assassino, nesse momento uma série de eventos ocorre (SEM SPOILERS) e bagunçam toda a história inicial. Desse ponto em diante, 2 histórias correm paralelamente e convergem para uma única solução: Robins Williams.



2. Gênio Indomável (Good Will Hunting)
Um filme muito mais sério e o de maior nota no imdb. Vamos relevar o tema, a meu ver absolutamente ridículo, do cara que resolve qualquer equação matemática sem ter nenhum nível de formação.
Robin Williams faz o terapeuta extremamente autêntico, que ajuda o pobre gênio, a se encontrar na vida. Baita atuação. Ganhou um Oscar.



1. Jumanji
Esse foi o meu filme preferido durante uns 10 anos. Ok, 20 anos. É o filme perfeito: tem ação, suspense, humor, exemplos de superação, lições de igualdade...
Quem nunca quis jogar Jumanji, fala sério?!?!



segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Bloom VS Bieber

Nessa semana rolou na internet notícias sobre o Orlando Bloom descendo a porrada no Justin Bieber.

O primeiro post desse blog foi sobre o Orlando Bloom, há mais de 3 anos (clica aqui pra ler). Mesmo depois de tanto tempo, continuamos com o mesmo sentimento - embora agora tenha ganho um pingo de respeito, que antes era nulo - achamos que ele é talvez o mais superestimado dos atores.


Orlando Bloom, o cara que no cinema consegue façanhas inimagináveis para sua mediocridade, na vida real atinge a mediocridade que lhe é digna. Se apenas a vida imitasse a arte...

quinta-feira, 24 de julho de 2014

12 Homens e Uma Sentença

Esse filme de 1957 está no top 10 do imdb - atualmente é o número 8. Sempre queria assistir, mas por ser muito antigo, deixava pra outra hora. Até que, numa noite dessas, procurei um filme antigo para colocar e dormir rápido. Esse foi o primeiro que apareceu. Grande erro. Praticamente não pisquei durante os 96 minutos de duração.
12 Homens e Uma Sentença é um filme de advogado, de tribunal. Não é como Meu Primo Vinny, está mais para... sei lá. Um jovem de 18 anos está sendo acusado de assassinar seu pai a facadas. Todas as provas apontam para: CULPADO. Ainda assim, o juri - composto de 12 - deve chegar a uma decisão e proferir seu voto. Qualquer que seja, deverá ser unânime.
Entram numa sala os 12. Cada um mais personagem que o outro: o piadista, o velhote, o racista, o metódico, o machista e assim por diante. E um deles é o sensato. Só isso. Nenhum super herói. É a razão, imparcialidade. Iniciam a votação - objetivo primário de estarem enclausurados na pequena sala - e não chegam a unanimidade. Após a votação, o debate. Como pode achar que ele não é culpado, que ele não matou o pai?
O dia é quente, a sala é pequena e sem ar condicionado. As tomadas são longas. Começa a chover. A discussão aperta. Tudo isso sem trilha sonora, em preto e branco, só 12 personagens no filme inteiro, no mesmo cenário. 
"Eu não sei se ele é inocente, mas não tenho certeza que ele é culpado" - é o que o Henry Fonda diz. E agora?
É melhor prender um inocente ou deixar um criminoso livre? Quanto vale e quanto nos preocupamos com a vida do outro?

Baita filme, desde 1957.

12 Angry Men (1957) on IMDb

terça-feira, 13 de maio de 2014

1984 ( Dessa vez, o filme)

Já postamos sobre o livro de George Orwell e quanto incrível e atual ele é. Uma projeção do futuro, um ensaio sobre o controle do Estado sobre o indivíduo, uma visão pessimista da evolução: toda essas são leituras possíveis de 1984. Eu jamais pensaria que alguém poderia se referir a essa história como um romance.

Mas alguém conseguiu.

O filme Equals está em pré-produção. Há poucas informações sobre ele na internet, salvo que será uma adaptação romântica (a romantic takeover) da primeira versão para o cinemaKristen Stewart já foi escalada para o papel principal.

Em tempos de NSA, drones e quebra de privacidade, trazer 1984 para a cena das discussão poderia ser bastante relevante. Porém, teremos mais um romance adolescente, algo que deve ficar entre Jogos Vorazes e Amanhecer.

É uma pena.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Pulp Fiction (Aniversariante do dia)

Hoje faz 20 anos do lançamento de Pulp Ficton. Há uma infinidade de artigos pela internet, tantos muito melhores do que eu jamais poderia oferecer para vocês.

Ainda assim, para não deixar em branco, segue o link de uma das cenas (ou melhor, de uma versão) das mais icônicas do cinema. Esse discurso tem o poder de mudar vidas, acredite.



terça-feira, 6 de maio de 2014

El Metodo

Um filme espanhol de 2005 chamado El Metodo.  A história é toda baseada em uma entrevista de emprego. O cenário é inteiro uma sala de reuniões. O número de personagens é 8. Parece que estou fazendo o contrário de convencer vocês a assistir o filme. Contudo, pensa: o que sobra quando o elenco, cenário e histórias paralelas são reduzidos a quase nada? O roteiro!
São 7 candidatos a uma vaga de executivo em um banco espanhol (acho que é um banco, não importa muito). Estão todos na sala aguardando a pessoa que irá conduzir essa entrevista em grupo. Não chega ninguém. Eles são especificamente obrigados a assinar um contrato assumindo que aceitam o método Gronholm de seleção - que ninguém sabe o que de fato é.
Os candidatos então são avisados que entre eles está o executivo do RH. Eles precisam descobrir quem ele é. A partir daí começam os jogos de seleção (alguns bastante típicos de RH) em que acabam por eliminar uns aos outros. Então, ao mesmo tempo que precisam descobrir quem é o executivo do RH, precisam permanecer na disputa. Genial ou maligno?

Já falamos aqui no blog sobre esse tipo de mistério (ver posts "E não sobrou nenhum - Family Guy", "Assassinato em Gosford Park" e "Os homens que não amavam as mulheres"). Não sei muito bem se tem um nome pra isso, mas estão todos os suspeitos num quarto, cabendo aos mesmos descobrir quem é de fato o assassino. Bem, nesse caso o assassino é o cara do RH.
Além disso, ao invés de simplesmente "matar" - nesse caso está mais para dispensar - os outros personagens, o infiltrado os força a participar de jogos. Jogos de eliminação. Me parece até um pouco com Jogos Mortais, mas só um pouquinho mais sutil. Bem pouco.

Os personagens e o cenário. Quem vocês acham que é o infiltrado?
É um roteiro cheio de argumentações em lógicas circulares, inversões na história e blefes duplos. Põe o tempo em cheque o certo e o errado, uma vez que seguindo um caminho, posso prejudicar meu concorrente. Mas seria isso o mais ético? Ao mesmo tempo, se eu não assim fizer, estarei baixando minha guarda? Se o meu concorrente estivesse na minha situação, o que ele faria? E o que será que a empresa espera de mim? Estou sendo agressivo demais? Ou não agressivo suficiente?
Participar dessas entrevistas de emprego não é nada fácil. Adicione a isso o cenário econômico espanhol da época - inclusive retratado no filme. Não está fácil pra ninguém. Espanha em crise. Desemprego elevado. Não tá fácil pra ninguém. E ai, o que tu faz?

Certamente se você já passou por uma, irá se identificar. Se nunca, assiste. É sensacional.



Se tu gostou, tem o filme inteiro AQUI legendado em portugês mesmo.

sábado, 3 de maio de 2014

5 pérolas escondidas do Netflix

[Estamos falando do Netflix Brasil, para falar o óbvio. Se tu tem a manha de alterar o IP, ou sei lá como se faz, pra ver o Netflix americano, não se aplica a ti. talvez as 5 pérolas lá sejam outras.]
O Netflix é ótimo, maravilhoso, excelente. O único problema é o tempo que a gente perde escolhendo algo pra assistir. Resolvemos então mastigar pra ti. Economizar muitas horas da tua vida. Não estou falando de indicações conhecidas. Não estou aqui pra te dizer pra assistir "Um Sonho de Liberdade" e "Poderoso Chefão". Esses são clássicos que certamente o próprio Netflix vai te recomendar.
Queremos ir além da inteligência artificial. Segue aí as 5 pérolas escondidas do Netflix.

5. Louis CK: Live at the Beacon Theater (imdb 8.2)
Atualmente alguns consideram o melhor cara do stand up americano - será por consequencia do mundo? Esse cara é bom. Realmente bom.



terça-feira, 4 de março de 2014

Oscar 2014 - Selfie e Leonardo DiCaprio

O Oscar 2014 ficou marcado - pelo menos para mim - por 2 coisas: a #selfie mais sensacional de todos os tempos e pela decepção que o mundo compartilhou com Leonardo DiCaprio não ganhando melhor ator.
Como haviamos falado aqui no blog, Leonardo DiCaprio teria novamente a chance esse ano. Teve e mais uma vez foi preterido. Parece que a internet explodiu novamente, agora para outras esferas. Sobre o fato, acho que cabe avaliar 2 coisas:
1 - quem ganhou melhor ator foi Matthew McGonaughey. Com o mesmo filme, Jared Leto ganhou melhor coadjuvante. Agora fiquei curioso. Como se não bastasse, foi indicado a melhor filme - Clube de Compras de Dallas.
2 - é a segunda indicação do Leonardo DiCaprio por um filme do Martin Scorsese (antes indicado por O Aviador). Para o Scorsese, essa foi a 9ª indicação para melhor diretor. Dessas 9 ele somente ganhou 1 Oscar. Dá pra acreditar? foi em 2007 com Os Infiltrados. Pera ai... DiCaprio tá nesse filme! sim, ele está, mas nesse ano não foi nem indicado. Além disso, Scorsese foi indicado em Gangues de Nova York e nesse também nem indicação para DiCaprio. Deu pra notar um padrão. Basicamente, junta um pé frio com outro, ninguém ganha nada!

Sobre a foto, se tem alguem que ainda não viu, aqui segue:
Sobre o melhor filme: pelo que sempre falam, é uma oportunidade que a turma que decide ("a academia" ou "os jurados" sei lá como eles chamam) aproveita pra tentar ser político e passar uma mensagem. Não sei, ainda não assisti 12 anos de escravidão pra dizer se é ou não um bom filme.
De qualquer modo, não foi pelo melhor filme que o Oscar 2014 ficou marcado. E sim pelas 2 fotos que postamos aqui no blog.


quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Leonardo diCaprio e a maldição do Oscar

Será que esse ano vai?
Depois de ser indicado 3 vezes e ainda não ter ganho, Leonardo diCaprio está mais uma vez na corrida, pelo filme O lobo de Wall Street. O motivo desse post se deve ao fato de "a internet" ter pirado com a indicação. Tendo recebido o Globo de Ouro e a possibilidade de Oscar, agora a histeria é geral. 
Alguns memes pintam diCaprio como uma espécie de vilão carismático de desenho animado, obcecado na busca pelo prêmio. Outros vão para o lado da compaixão com o azarado: uma versão própria, tipo Bad Luck Leo.
Em 2013, por Django, nem foi indicado
De qualquer maneira, a brincadeira se deve exatamente pela falta de reconhecimento. É inegável que é um grande ator, tanto que para o Globo de Ouro já foi indicado e ganhou 2 vezes. Clica no link pra ver a lista. Inclusive, repito, acaba de ganhar por O lobo de Wall Street. 
Só pra saciar a curiosidade, os filmes pelos quais foi indicado (Oscar) são:
Gilbert Grape - aprendiz de sonhador (1993) - Melhor ator coadjuvante
Aviador (2005) - Melhor Ator
Diamante de Sangue (2007) - Melhor Ator
O lobo de Wall Street (2013) - Melhor Ator


O Oscar 2014 será dia 02 de março, em Los Angeles, como sempre.

O Lobo de Wall Street
The Wolf of Wall Street (2013) on IMDb

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Blue Mountain State

Uma série americana já encerrada, Blue Mountain State trata da parte da vida americana, talvez, mais estereotipada: a universitária.
A história é tem um enredo simples: como é a vida dos jogadores de futebol americano na faculdade? A trama acontece ao redor do personagem principal: Alex. Ele é o quarterback do time, mas não se engane, ele é o reserva. Apesar do raciocínio intuitivo de que ele batalha para ser o titular, tem uma vida complicada e treina duro, na verdade faz o contrário. Luta para continuar na reserva. Por que? Pois o reserva tem a fama sem o esforço e a pressão. Acho que já da pra ter uma noção do que é a verdadeira história do seriado...


Veja a foto promo do seriado. Exato. Blue Mountain State não é nenhum "Invencível" ou "Um domingo Qualquer". Está mais para "American Pie", por falta de melhores exemplos.
A rotina dos personagens é essa: treino, festa, mulheres, bebida, drogas e zueira. Muita zueira. Tanto é assim que, apesar de se tratar de um time de futebol americano, em nenhum episódio eles aparecem de fato jogando.
Tendo essa licença poética, a história peca (e muito) em continuidade. Personagens desaparecem, outros surgem, atores trocam... mas sinceramente, nada disso importa. Praticamente todos os capítulos terminam dentro de si mesmos, logo, não há maior necessidade de continuidade. Além disso, os melhores personagens permanecem e ganham espaço. Thad Castle, Alex e o mascote Sam. AH! e na última temporada surge a Denise Richards.
Em suma, vale a pena assistir em momentos de ócio completo. É uma comédia adolescente/adulta bem despretensiosa. Aquele que prestar um pouco mais de atenção irá perceber boas referências a cenas clássicas, como Poderoso Chefão e Memento.
AH! Tem no Netflix!!
obs: a nota do IMDB é um pouco exagerada.

Blue Mountain State (2010– ) on IMDb

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Wild Cards!

Muita gente não gosta  que George R. R. Martin divida as suas atenções com outra série de livros de grande proporção. Porém, é justamente o envolvimento dele, atuando como editor e escritor de alguns capítulos, que faz com que Wild Cards ganhe novo folego.

Wild Cards é uma antologia iniciada em 1987 e hoje conta com 22 livros. Depois do relançamento dos primeiros volumes (que ganharam capítulos novos), a série terá novos lançamentos capitaneados pelo autor de Game of Thrones.

O cenário de Wild Cards é bem menos complexo do que em Game of Thrones. Logo após a segunda grande guerra, um vírus alienígena é lançado na terra e contamina cerca de 2% da população mundial. Apenas 10% dos infectados sobrevive. Desses, 9 entre 10 se tornam aberrações, e apenas 1 ganha poderes extraordinários.

Nos dois primeiros livros, cada capítulo conta a história de um personagem e conta com um autor diferente. Há poucos elos entre as histórias de Wild Cards, e alguns personagens contam com apenas um capítulo por livro.

Martin assina a história do Great and Powerfull Turtle, um dos personagens mais originais do livro. Há histórias complexas que, reinterpretando o cenário político americano, transformam o ex-presidente Nixon em um personagem ativo do enredo.

Porém, tirando esses aspectos, o ambiente é muito parecido com os cenários apocalípticos do universo Marvel. Eu não sei dizer qual das histórias surgiu primeiro, mas a semelhança entre os Jokers (os deformados pelo vírus) e os mutantes é bastante evidente. Alguns heróis também são muito (mas muito mesmo) parecidos.

Como resultado, Wild Cards peca, nos dias de hoje, em sua originalidade. Posso estar cometendo uma injustiça, pois talvez Wild Cards tenha sido inovador na sua época. Todavia, a antologia sofreu com o tempo e com a concorrência de ideias mais criativas.

Wild Cards nos cinemas? É uma forte possibilidade, pois os direitos de imagem já foram negociados. Entretanto, não há notícias da produção dos filmes. Pessoalmente, eu não levo muita fé no projeto. Wild Cards não possui originalidade para se distinguir, e mesmo o nome de Martin pode não ser o suficiente para tirar um filme do vão comum. A antologia daria uma ótima série de animação (isso mesmo, desenhos!), mas parece que animações nonsense  atingem longevidade.



The World's End

Post escrito por uma entusiasta do blog, Dra. Maira R.Rodrigues. (Doutora em Sistemas Multiagentes pela Univerisade de Southampton). É amigo, se tu não é pelo menos Mestre, nem se apresenta aqui no blog.

Humor inglês, zumbis trash e muita cerveja. O filme, traduzido como "Heróis de Ressaca", conta a invejável meta de 5 amigos de reviver o épico pub crawl da sua cidade de infância: 12 pubs, 12 pints, game over. O ator principal, Simon Pegg, é, na minha opinião, um dos melhores atores de comédia da atualidade -- ele conseguiu até dar um carisma especial ao Scotty do Star Trek Into Darkness! Em The World's End, ele atua junto com o Nick Frost, parceiro de outros filmes de comédia como Hot Fuzz, Shaun of the Dead e Paul.

Gary King (Simon Pegg), vive um cara que parou no tempo, mais especificamente na adolescência, com toda sua promessa de ganhar o mundo, e se recusa a encarar a vida adulta, uma vez que ela acabou meio fracassada. Com isso, algumas das partes mais engraçadas do filme são ele falando gírias da infância, tipo "let's go to Dr. Ink" (=drink). A parte chata é que, como pano de fundo da aventura, entra uma história meio zumbie-like bem boba.




Apesar disso, recomendo The World's End para um momento light e, melhor ainda, acompanhado de uma boa cerveja! A nota dele no IMDb é 7.1, justa em minha opinião. Pra quem gosta do estilo do Simon Pegg, recomendo outros filmes dele, além dos que falei acima: Run Fatboy Run e How to Lose Friends & Alienate People. Cheers!!

The World's End (2013) on IMDb