terça-feira, 26 de novembro de 2013

A morte de Brian Griffin

Aconteceu. A síndrome da qual sofre George R. R. Martin está se espalhando. Autores pelo mundo começam a assassinar seus personagens, sem o menor remorso.
Eu não sabia, pois não tenho acompanhado intensamente Family Guy, mas havia sido anunciado: o episódio de domingo trará uma grande mudança na história. 
Ontem estava rolando o feed do Facebook quando vejo na fanpage do Family Guy o anuncio do óbito.
Postado em 25/11 por volta das 08:00 (no Brasil)
na fanpage do Facebook.
Procurei pela internet, mas não consegui encontrar nenhuma justificativa do motivo por que mataram o personagem.
Normalmente isso acontece com alguma relação ao dublador. Nesse caso acho que não, porque quem faz a voz é o próprio criador da série, Seth MacFarlane.
De qualquer modo, fiquei inquieto e fui obrigado a assistir para saber o porquê e como aconteceu a fatalidade. 
Somente consegui responder a pergunta do como. Talvez uma das formas mais comuns da morte de cães: atropelamento. Tenho PhD em estatística avançada aplicada a mortes de mamíferos domésticos. 
O motivo permanece um mistério. Talvez uma jogada para mudar a dinâmica de interação da família?
Uma coisa é certa, nenhum fã parece ter gostado disso. Os melhores momentos do programa eram, sem dúvidas, as histórias paralelas entre Brian e Stewie. Já falamos aqui no blog do episódio 17 da temporada 08: Brian e Stewie ficam presos num cofre de banco. Para mim, até hoje um dos melhores episódios da série. 
Ao matar um personagem secundário, eles podem ter acabado com grande parte do carisma do principal, que é o Stewie. Afinal de contas, o Brian era o único que falava com o bebê.
O que resta é assistir os antigos - e são vários - e esperar para ver o que acontece nos próximos. E torcer para que o genocídio pare por aí. Imagina Os Simpsons sem a Lisa? South Park sem Stan ou Kyle? 

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Avatar: The last airbender

Avatar é, sem dúvida, um dos meus desenhos favoritos, só perdendo para Adventure Time (e perdendo por pouco).

No universo de Avatar, há quatro nações principais: Água, Fogo, Terra e Ar. Algumas pessoas nascem com a habilidade de dobrar (to bend) um desses elementos, o que significa poder manipulá-los em pequenas proporções.

Ninguém pode aprender a dobrar mais de um elemento, salvo o Avatar, que  assume a missão de dominar todos os elementos e manter o equilíbrio na terra. Apenas uma pessoa no mundo é o escolhido e, quando ela morre, outra pessoa nasce e assume a missão. As reincarnações são alternados entre as nações, na ordem, da Água, Terra, Fogo e Ar.

A primeira série conta a história de Aang, o último dobrador de ar. A nação do Fogo planejava uma ofensiva sobre as outras nações e, para evitar a reincarnação do Avatar, tentou eliminar todos os membros da nação do Ar. Por sorte, Aang escapou, mas se tornou o último de sua cultura. É dele a missão de aprender as técnicas da Água, Terra e Fogo, além de deter uma nação inteira e restabelecer o equilíbrio na terra!

A história corre muito bem. Em cerca de 60 episódios divididos em 3 "livros" (Água, Terra e Fogo) de 20 capítulos, há bastante comédia e ação. O humor é sutil e, embora seja uma animação, envolvente para um público mais maduro. As cenas de ação são muito bem montadas, e as técnicas envolvendo os elementos parecem naturais para o espectador, exatamente como devem ser para os personagens.

Avatar possui uma forte influência das filosofias asiáticas, mas consegue se expressar sem uma pecha de moralismo ou conteúdo religioso. Em um dos episódios, Aang encontra um guru que ensina a ele princípios bem próximos aos do (acho eu) budismo. A presença desses elementos e a interação deles com os dilemas dos personagens torna o seriado bastante profundo. O contraste com o fato de ser uma animação e de ter várias cenas de ação dá dinâmica e leveza. É uma receita que não tem como dar errado e, de fato, a audiência, os prêmios e a legião de fãs que Avatar possui mostram isso.

Atualmente, Avatar está no seu segundo seriado, no qual conta a história de Korra, a reincarnação posterior a Aang. A proposta de Korra é um pouco diferente e merecerá um post só pra ela. Além disso, tem a adaptação para o cinema da saga de Aang: The Last Airbender. O filme foi um fracasso que, com a justíssima nota 4,4 no IMDB, levou os fãs a pedirem um rebot da trilogia que era esperada.

Avatar: The last airbender está no Netflix com uma dublagem honesta.

Definitivamente, uma animação agradável de se ver.






sexta-feira, 15 de novembro de 2013

OLDBOY (2013)

Um dos filmes preferidos desse blog ganhará sua versão americana.
OLDBOY, o koreano de 2003, estreia nos EUA em 27/novembro. Não aguentei até lá pra postar, porque descobri hoje sobre a refilmagem. Fico feliz que essa história ganhará popularidade, mais gente precisa assistir Oldboy!!! Sabiam que no festival de Cannes, quando ele foi apresentado, o Tarantino aplaudiu de pé e fez de tudo para que ganhasse? Mas quem ganhou a Palma de Ouro foi Fahrenheit 9/11.E também não será ele o diretor dessa versão, e sim o Spike Lee.

Segue aí o trailer:



Pontos relevantes:
1- Terá cena do polvo?
2- A nota do OLDBOY original é 8.3 no imdb!

Só espero que não seja estragado pela obrigação em agradar críticos, patrocinadores e público em geral.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Tesis Sobre Un Homicidio

Darín, HOMEM Darín, o cara que disse não a Tarantino (não me importa mais se não é o Tarantino). O porteño estrela mais uma vez (e quem mais seria?) um grande feito do cinema argentino.
Fui ver "Tese Sobre Um Homicídio" - um 6,3 a meu ver injusto no imdb - esperando ver um bom filme. Não tinha como esperar nada mais que isso depois do brilhante "El Secreto De Sus Ojos". Calma, Felipe! Não duvida da capacidade dos hermanos.
A obra em questão foi lançada esse ano em solo brasileiro e há menos de um mês esteve em cartaz. É dirigida por Hernán Barcos, não... Hernán Goldfrid, que - digamos - é mais certeiro que o centroavante gremista. Já havia estado a frente de "Tiempo de Valentes", que teve boa aceitação e ainda estou por ver. É incrível como lá se erguem muito bons diretores; proporcionalmente, dão de relho no Brasil.
Sobre o filme em si, "Tese Sobre Un Homicidio" se passa em Buenos Aires, e tem locações no bonito prédio da Faculdade de Direito, na Recoleta. Darín vive Roberto Bermúdez, advogado e professor, que - na história - ministra um seminário a recém-formados.
Já no primeiro dia, um dos alunos (Gonzalo), filho de um ex-colega de Bermúdez, chega atrasado. Polido, o rapaz logo chama atenção do mestre, pela postura um tanto quanto arrogante. Dias depois, uma moça é assassinada e seu corpo é largado no estacionamento da Universidade. Começa então a busca pelo autor do crime, e Roberto se envolve nela. Começa junto a paranóia (paranóia?), em que tudo - dentro das evidências colhidas pelo personagem principal - leva a crer que o assassino é Gonzalo.
Muito interessante como é conduzido o enredo. Lembra thrillers norte-americanos, e é muito bem pensado, inteligente. Depois de assistir, li críticas de muitas pessoas sobre o final: uns não entenderam, outros não gostaram; eu, todavia, achei instigador. Foge do lugar-comum, o que - a meu ver - faz ganhar pontos. Se indico? Não hesita! Eu, excetuando Francisco, não duvido mais da capacidade dos argentinos.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Orange is the New Black

Estava eu tentando escolher alguma coisa pra assistir, no infinito de coisas do Netflix. Apesar da separação por estilos, muitas vezes eles não tem muita relação. Já tinha perdido quase 10 minutos julgando a sessão "Se você gostou de The Office". Até que cansei e escolhi um qualquer, sem preconceito. Escolhi esse Orange is the New Black sem antes ver a nota do IMDB, sem ver atores e nada. Só sabia que era produção do Netflix.
A história até que é interessante. Uma mulher vai presa por crimes que cometeu 10 anos atrás. Ela não é de fato uma criminosa recorrente. Foi infratora no passado, numa fase diferente da vida, mas depois voltou a ser uma pessoa normal - deixando de lado a discussão sobre o que é de fato normal, não leve a mal. Fato relevante: baseado na história de vida de uma americana. Quem quiser pode tentar achar a biografia dela em portugues, só achei em ingles.
Ela chega na prisão e precisa se adaptar a essa nova realidade. Uma prisão totalmente feminina, que normalmente não é frequentemente objeto de filmes e seriados, e não faz parte do mundo dela. Não fazia.

Os episódios tem cerca de 1 hora de duração e constantemente mostram flashbacks da vida de outras detentas(meio desconexos com a história principal), flashbacks tambem da vida da personagem principal chamada Piper Chapman e partes da vida da Piper fora da cadeia -  que segue o curso normal com seu noivo e melhor amiga.
O elenco é quase 100% feminino, mas não se enquadra como um seriado de mulher, como o odioso Sex and the City por exemplo, cujo drama é ridículo e a tentativa de humor é o real motivo de drama. Não é um drama chorão e tem momentos de comédia bem colocados.
Achei interessante e continuarei assistindo.

Piper da T.V.