segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Vigaristas

Vigaristas é um filme interessante. Trata, surpreendentemente, da vida de 2 trapaceiros e seus golpes.
Os personagens principais: Os irmãos Bloom (Adrian Brody e Mark Ruffalo) e sua parceira Bang Bang, uma japonesa cujo mistério só pode ser medido pelo seu silêncio, e Penelope (Rachel Weiss), que é a mulher que sofre o golpe - a definição de rica excêntrica.
Não é o poster original, mas achei bem melhor.
Basicamente os irmãos vivem de pequenos golpinhos, pequenas carraspanas, desde sempre. Como de costume, um dos irmãos é feliz e o outro triste, um realizado e o outro insatisfeito. Nesse caso, o triste é o eternamente desengonçado, narigudo depressivo Adrien Brody. Brody então faz um pacto com seu mano, que após o último embuste deixará essa vida e procurará a sua verdadeira identidade. Pois veja, o irmão mais velho é a mente brilhante e ardilosa dos golpes, que cria as histórias para que o mais novo (Brody) as viva como anti-herói. Logo, quem é ele, se não um acumulado de personagens? Ele não sabe. Somente não contava que a próxima vítima seria Penelope, a adorável milhonária excêntrica e solitária que, como ela fala, coleciona hobbies. Quer profissão melhor que essa?


O filme é interessante por ser um vigarista dentro de si mesmo. É uma comédia sem risadas e um drama sem lágrimas. Ao mesmo tempo, quando parece contar a história, está te enganando. Quando parece te enganar, está contando a história. Bem interessante mesmo.
Ok, dito isso, rapidamente falando sobre o estilo: lembra muito os filmes do Wes Anderson, mas sem tanta apatia (embora o A. Brody ajude bastante nesse quesito) e sem o Bill Murray. Os personagens são caricatos, as locações são muito legais, o figurino e fotografia também. Os diálogos são interessantes, a história é bem construída.

Se não é o retrato da depressão.
Certamente vale a pena assistir, não se deixe enganar pela nota do IMDB.
Está disponível no NETFLIX.

The Brothers Bloom (2008) on IMDb