sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

The Rite

O Ritual é um filme de horror que saiu esse ano (ainda esse!) dirigido pelo sueco Mikael Hafström. Minha namorada queria tanto ver alguma coisa que desse medo e, por estar Anthony Hopkins no elenco, topei o convite.
Já vou na lata dizendo: o filme é uma grande bosta - horror só se for de ruim. Fala de um cara que fez o curso de seminarista, mais por influência familiar do que por vocação. Por conta disso, se torna um padre cético, que é enviado à Roma para fazer o curso de exorcista. Lá, conhece Lucas (Hopkins), que mostra ao moço porque ele deve acreditar no deus e no diabo. Vira algo do tipo mocinho e bandido, fraquíssimo.
A única coisa que vale a pena na película é justamente o fodasso Hopkins. No mais, nada. Até o medinho que pensei que fosse dar, não deu. Nem tive pesadelos... por enquanto.



sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Üç Maymun

Filme turco, de 2008, Três Macacos concorreu pela Turquia à indicação de melhor filme estrangeiro, na premiação da Academia. O diretor é Nuri Bilge Ceylan - não conhecia nenhum filme do moço até então.
A película tem como cenário Istambul, e não explora as belezas da capital turca, mas a metrópole per se, a vida de uma família de classe média, o trânsito, o temporal. Esse é talvez o ponto forte da obra, o que me agradou.
Contam a história de um político que acaba atropelando um indivíduo com seu carro. Por estar em época de eleições, ele paga uma quantia tal a um funcionário para que ele se passe por culpado. O homem vai para a cadeia e aí começa a trama. O filho do cara é um gurizão na crise dos 20. Vai pra festas, briga, volta machucado, discute com a mãe, blá, blá, blá.
A esposa do homem começa a ter uma relação com o político, enquanto o pobre padece no chilindró. Aí entra a fábula chinesa dos "três macacos", que é mais ou menos o seguinte: se ninguém ouvisse, falasse ou enxergasse, o mundo seria uma maravilha. Também entra aí a parte ruim do filme: muito pesado e por vezes apelativo, peca muito, principalmente na condução do que poderia ter sido um enredo bem trabalhado.
Talvez se ninguém ouvisse, falasse ou enxergasse, o filme seria bom. Não recomendo, não perde teu tempo.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Zodiac

Zodíaco é um filme dos Estados Unidos de 2007. Dirigido por David Fincher - o mesmo de Se7en, conta a história de um assassino em série que aterrorizou a Califórnia em meados de 1970.
Jake Gyllenhall é Robert Graysmith, um desacreditado cartunista de um diário de San Francisco, que se interessa muito pelos assassinatos. Tenta decifrar criptografias e mostrar as descobertas aos colegas, incluindo neles Paul Avery, vivido sensacionalmente por Robert Downey Jr. Os dois acabam por trocar ideias a respeito do acontecimento e entram a fundo na busca pelo serial killer.
Não foi um filme muito bem recebido pela crítica, talvez por ser longo de mais e enrolar muito. Mas, somando-se ao elenco de renome, achei a história bem interessante. Como quase todos os thrillers minimamente bem feitos, vale o susto.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Amanhecer Parte I

Admito que fui assistir no cinema essa porcaria de saga Crepúsculo. Alguns podem dizer: ah cara, mas pra falar mal precisa pelo menos tentar! É? Então come merda e me diz se é bom!
O filme começa e em menos de 10 segundos o lobo Jacob tira a camiseta. Depois disso o foco recai sobre a pessoa com menos expressão da história do cinema: Kristen Stewart. Ficam mostrando a merda do casamento dela e do vampiro travesti. Entre juras de amor totalmente piegas o negocio finalmente acaba - a cerimônia - em apenas 40 minutos. 
Saem dos EUA e vem para o Brasil para lua de mel, mais especificamente numa ilha no Rio de Janeiro. Já no primeiro pisar acontece uma coisa patética. A casa é toda envidraçada, eles chegam, o vampiro pega a imbecil no colo, empurra a porta com a bunda e aí entram no seu recanto de amor. Ela exclama: "que lindo!" como se a casa não tivesse paredes de vidro. 
Ela começa a arrumar-se para os ritos matrimoniais. Olha sua mala, que nem teve a capacidade de arrumar, foi feita pela cunhada vampira, e se depara com várias calcinhas sexys, o que obviamente a deixa sem graça. Num momento de total insanidade ela resolve ir ao encontro do seu amado totalmente nua! Sim, que absurdo!!!! O vampiro, como bom viado que é, tenta convence-la a não fazer nada. Tenta ainda uma porção de vezes, mas Kristen está com seu lado devassa fora de controle. A cena de sexo é das mais sem graça da história do cinema, me atrevo a dizer. Não aparece o peitinho.... 
Depois desse momento o que já tinha sido ruim começou a piorar. Ao acordarem, Bella Swan está toda machucada e o quarto totalmente quebrado. O único sinal de virilidade de seu agora marido. Ele, porém, fica estarrecido com sua monstruosidade e se nega a qualquer contato futuro. O casal então passa sua lua de mel fazendo caminhadas e jogando xadrez. Muito xadrez. 
O tempo passa, tudo está lindo. Numa manhã como qualquer outra a nossa querida Bella cozinha seu próprio almoço!!!! Impressionante!!!! Obviamente nada elaborado: frango frito. Ao terminar sua refeição ela vomita. O que significa vômito nos filmes? Gravidez, sempre gravidez. Quem diria que por trás daquela carcaça purpurinada estaria um grande garanhão reprodutor. Emprenhou a mina... 
E agora, o que fazer? Obviamente o cara queria que ela tirasse, ela quis manter a cria. Mas o que seria? Um híbrido de adolescente imbecil com vampiro gay? Totalmente vampiro? Totalmente humano imbecil?
Assista o filme e descubra. Fui ao cinema bem humorado, encarando aquilo como uma comédia. Admito, me diverti bastante. 

Controle-se , Kristen!!!


sexta-feira, 28 de outubro de 2011

LEMMY

Isso aqui não é um blog sobre música, portanto não perderei tempo falando o que é Motorhead. Se tu não sabe, vai procurar antes de ver esse filme, pra não apertar play com a ideia errada.
Essa biografia-documentário sobre Lemmy Kilminster, vocalista da banda Motorhead, vem em boa hora. Afinal, O cara tem 65 anos, fuma e bebe, tem diabetes, vive na estrada e toca na banda mais barulhenta do mundo(está no guiness). E Ele faz isso desde 1975 sem parar por nenhum ano. Não é um exagero, é a realidade.



Dito isso, o filme conta sua vida de modo bastante simples. Começa com uma entrevista em rádio, Ele responde algumas perguntas, nada sobrenatural. Ele vai falando de suas influências e contanto como sua vida musical começou e como chegou onde chegou. Essa é a linha do tempo em termos gerais.
Entrecortado aparecem pedaços da vida dele: o seu bar preferido, seu apartamento totalmente abarrotado de quinquilharias, seu filho, a vida na estrada. Assim vai indo. Enquanto conhecemos mais a história de Lemmy vamos também conhecendo sua personalidade, quem diria, um cara muito simples. Ele só precisa de um Jack com Coca e cigarros. Inúmeras personalidades dão depoimentos: Dave Grohl, James Hetfield, Dave Navarro, Billy Bob Thornton. Todos idolatram Lemmy, que simplesmente influenciou tudo e todos. Ele foi roadie do Jimmy Hendrix. Ele viu os Beatles tocarem no Cavern Club.
Alguns devem pensar: ele já tá velho, devia se aposentar. A resposta vem da própria lenda: E fazer o que? Eu já fiz isso por tanto tempo que não sei fazer nada além disso. Sendo "isso" a mais pura definição de rock n roll.
Eu já admirava antes de ver o filme. Depois virei devoto.

Camera: Lemmy, algum arrependimento(na vida)?
Lemmy, em um reflexo: Nenhum.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Nem Tudo é o Que Parece

A começar pelo título. Parece um filme de ação-policial-crime-drogas? Para mim não parece, pelo título. Pois é. E é muito bom!
Layer Cake é bem estruturado, prende a atenção e engana desde o momento que parece um filme simples.  Algumas tramas se costuram, personagens somem e aparecem. Sombrio e misterioso na medida, complexo e simples em equilibrio. Outros filmes de gangsters não servem bem para comparação, sei lá, assiste se quiser comparar. Estamos dizendo que é uma boa película.
Daniel Craig, o famoso Bond da porradaria, é um gangster low-profile que sonha com sua aposentadoria. Ele acredita estar quase lá, porém recebe um chamado especial de seu chefe, Jimmy Price. Aí o negócio começa a encrespar. Outro traficante, o Duke, extravagante e arrogante entra numa jogada com uns tchecos, chechenos, russos, romenos, sei lá. A filha de um milhonário(talvez bilhonário, agora esqueço quantos são os zeros) chamado Eddie Temple some. Caixas de extasy precisam ser vendidas e ao mesmo tempo encontradas.


Essas pontas acabam sendo amarradas, todas ao redor do esperto, ardiloso, astuto e sagaz personagem do Daniel Craig. Como ele vai se livrar das bombas que não param de explodir no colo dele? Ele sobreviverá? Como? Conseguirá se aposentar?
Bem, se tu fosse tão esperto quanto ele.... Rá!!!!

sábado, 15 de outubro de 2011

Kamchatka

Eu já conhecia bastante coisa do cinema argentino antes de O Segredo de seus Olhos, mas é evidente que o país deu um passo gigantesco após o aclamado filme de Campanella. Minha namorada considera o melhor filme sulamericano já visto, quiçá mundial. Meu pai não esperava tanto, mas viu e achou espetacular. Assino embaixo a opinião dos dois.
A partir daí, fomos procurar mais de Ricardo Darín - herói argentino - e a produção de los hermanos, e encontramos Kamchatka, indicado pela Argentina ao Oscar de melhor filme estrangeiro de 2002. O diretor é Marcelo Piñeyro e conta sobre Harry ("Rári", em ispanglês), um menino que foge com os pais da cidade para uma casa de campo em virtude do Regime Militar.
É interessante a abordagem do filme: não se baseia em contar maus-tratos e perseguições durante a trágica época - fim da década de 70; e sim em fixar na figura do guri, mostrando como ele lida com a situação e suas intempéries.
Mais uma vez, é um filme sobre criança, mas não de. Tem uma fotografia belíssima, o elenco é excelente, embora o enredo não se compare ao de O Segredo de seus Olhos - comparação injusta, também. Fico feliz por termos um cinema latino de qualidade, embora nessa questão Maradona esteja a anos-luz de Pelé. Desculpa, Pablo.

domingo, 2 de outubro de 2011

Spoorloos

O silêncio do lago é uma produção holandesa, de 1987, de George Sluizer. Baseado em Het Gouden Ei, de Tim Krabbé, conta a história de um jovem casal que vai passar as férias no litoral francês.
No meio da estrada, Rex e Saskia param em um posto de gasolina, e ela repentinamente some. Então, ao invés de tentar fazer o espectador descobrir o seqüestrador ou assassino, o filme fez o não óbvio. Já de cara mostra o responsável, seguindo, a partir daí, sua vida comum  - casa, família, etcetera.
Por outro lado, Rex passa três anos de sua vida fixo na idéia de saber o paradeiro de Saskia. Recebe, inclusive, cartas do suspeito em tom de provocação. Elas são convites para o rapaz comparecer a locais próximo do acontecimento.
É um thriller excelente, que lembra muitas vezes Hitchcock (eu disse “lembra”, com a concordância da namorada), principalmente na relação sonoridade-ambiente. Sluizer produziu em seguida uma versão americana, que dizem não ser tão boa quanto a holandesa. Ainda não tentei.

sábado, 17 de setembro de 2011

Karakter

Caráter, sob direção de Mark Van Diem, é uma produção holandesa de 1997, vencedora do Oscar de melhor filme estrangeiro no ano seguinte. A trama se passa em Roterdã nos anos 20 e é centrada na figura de Jacob, um advogado recém formado acusado de matar um inescrupuloso oficial de justiça.

Durante o interrogatório, Jacob Katadreuffe traz a justificativa para o suposto assassinato: Drevenhaven era seu pai e estava tentando destruir sua vida. A partir daí, o moço conta sua história, mostrando desde uma infância pobre até o êxito profissional na maturidade. A obra mostra Jacob passando por um sem número de complicações, na sua grande maioria causadas diretamente por Drevenhaven.
A relação pai-filho e a competição evidente entre os dois é o foco da película. É interessante também o conflito existente entre Jacob e sua mãe. A progenitora nutre um ódio referido ao rapaz, em decorrência de uma gravidez totalmente indesejada. Nota-se, a partir disso, surgir o impulso necessário para Jacob enfrentar o pai - ou a própria vida - e triunfar.
É um filme excelente, do qual - confesso - não esperava muito. Vale a pena para conhecer o cinema holandês, que ainda corre por fora do tradicional eixo europeu.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

TNT

Tenho tv a cabo em casa. Já não assisto com muita frequencia por muitos motivos: poucas novidades, qualidade de imagem ruim, falta de praticidade, etc. Porém até hoje os comerciais não incomodavam muito.
No Telecine e outros os comerciais são rápidos (raramente assisto filmes na globo), ou melhor, não muito demorados. Hoje fui novamente assistir "O Conde de Monte Cristo", dessa vez na TNT. Eu lembrava que esse era o canal com os intervalos mais demorados, mas não sabia que agora eles tem uma dupla de atores fracassados apresentadores que ficam comentando o filme que está passando. Além de contar algumas trivias  de maneira completamente boçal, costumam reproduzir algumas cenas. O problema é que não necessariamente são momentos que já passaram, hoje mostraram cenas futuras. Ainda se fossem cenas irrelevantes, mas não!!  Tudo bem, eu já tinha assistido o filme, sabia tudo que aconteceria, mas mostraram cenas importantes, momentos de tensão, revelações da trama. Haja incompetência!
Eles fazem duas aparições, uma no início do intervalo e outra antes do filme recomeçar. O grande problema é que eles avisam: voltamos em um minuto. Obviamente demoram muito mais que isso, acredito que cerca de 5 minutos! Haja incompetência! [2]
Depois que acabou o filme, eu e meus pais exaustos, chegamos a conclusão de que jamais assistiremos um filme na TNT novamente. O que seria um prazer virou tortura. Eu só queria que o filme acabasse logo pra que eu pudesse ir dormir. Claro que, antes disso, vim aqui postar.

Abaixo o vídeo da dupla de terríveis apresentadores:



"Hollywood é um ovo"
Esse daí não sabe que tá passando vergonha.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O ILUMINADO (1980)


Here's Johnny!



Um dos meus filmes preferidos. Não sou muito chegado ao gênero de terror e nem ao sobrenatural, porém O Iluminado tem outros elementos que bastante me agradam.

É um psico-thriller - Cisne Negro como referência moderna do gênero. A mente problemática de Jack começa a entrar em pane depois de algumas semanas trancado no Overlook Hotel. Os personagens são escassos nesse filme, por isso a ambientação é tão importante. Daria pra dizer que o Hotel é o personagem principal, se eu fosse algum crítico metido a besta. Se eu fosse esse cara também poderia dizer que Stanley Kubrick é realmente um gênio, mas sinceramente não conheço tão bem assim a obra dele.

O enclausuramento, o tédio, os corredores, a mulher e o filho, a comida, o bloqueio criativo, a neve, o labirinto... tudo conspira contra Jack(que também se chama Jack) e a favor da loucura. All work and no play makes Jack a dull boy. Aos poucos ele vai sucumbindo ao barman, quando menos se espera ele já não é mais quem parecia ser. Uma curiosidade: a frase "Here's Johnny" da cena acima saiu de improviso!

Talvez esse seja aquele tipo de filme antigo famoso que um monte de gente ainda não viu e sempre teve curiosidade. Afirmo que não é daqueles chatos, sem ação, soníferos em VHS transferidos para meios de propagação mais modernos. É bom demais, muito marcante! É mais um filme baseado em livro do Stephen King. Esse eu não li e nem quero ler, pois gosto de dormir a noite. Vê o trailer aí...




AH! se alguém algum dia for a São Francisco de Paula/RS no inverno, pergunte pelo lago São Bernardo. Ali fica o Overlook dos pampas.


os homens que não amavam as mulheres


Originalmente chamado de "The girl with the dragon tattoo" e mais originalmente ainda chamado de "Män som hatar kvinnor" esse é o primeiro livro que virou filme da trilogia Millenium, escrita por Stieg Larsson.
O primeiro livro foi lançado em 2008 e aparentemente virou best seller rapidamente. Me foi recomendada a trilogia no final de 2010, o que veio a calhar no amigo secreto de final de ano. O primeiro livro eu engoli inteiro, mal mastiguei. É uma ficção policial rápida e instigante. A estrutura do mistério é clássica: um desaparecimento ocorreu há décadas em um ambiente fechado, tornando todos os presentes em suspeitos do crime. O ambiente é na realidade uma ilha pertencente a uma riquíssima, problemática e desestruturada família sueca. Não vou me estender sobre a história, afinal já existe o livro, um filme e agora sairá sua versão hollywoodiana.
Creio que no primeiro livro a palavra de definição seja suspense. Tanto a respeito do desaparecimento e  quanto em relação aos personagens. Quem diabos é Lisbeth Salander e como ela sempre sabe de tudo? O que tem de errado com os Wanger? Pq o Mikael Blomkvist pega todo mundo?
O segundo e terceiro livros são definidos pela palavra enrolação. Me decepcionaram demais. Confesso que nem terminei o terceiro. O segundo já desceu quadrado, tive que me forçar, não era uma leitura muito prazerosa. Pra mim ficou evidente que o sucesso engrandeceu os olhos da editora, que forçou o autor a produzir mais. Obviamente ninguém ser genial o tempo todo, nem Stieg Larsson, nem Stephen King e nem Ronaldinho "Gaúcho".
OK, sobre os atores. Aqui é há um ponto de análise interessante. A versão americana apostou no novo Bond, o homem do pior sorriso do mundo, Daniel Craig como e protagonista. Deixaram a Salander de lado, um talento novo e que nem é tão bonita e pelo visto se esforçaram para enfeia-la. Na versão sueca Mikael Blomkvist é horrivelmente feio, Lisbeth tem bastante charme, para alguem com estilo tão peculiar.
Estou curioso para ver se o know-how dos americanos vai conseguir melhorar a trama, que por ja ter lido o livro saber tudo de antemão, achei meio corrida na primeira versão. Senti que se eu estivesse absorvendo tudo pela primeira vez talvez ficasse um pouco perdido.
Para quem gosta de ficção policial, suspense e um pouco de ação é uma boa dica!

PS: qual Lisbeth tu preferes?
                            
Sueca
Americana

domingo, 4 de setembro de 2011

Das weiße Band, Eine deutsche Kindergeschichte

Filmado totalmente em preto e branco - se fosse colorido, não teria o mesmo valor, A Fita Branca, de 2010, se ambienta em um vilarejo alemão no início do século passado, pouco antes do início da Primeira Guerra Mundial. Nele, a vida dos habitantes transcorre "normalmente", sob a tutela do conservadorismo e do fanatismo religioso. Acontecimentos estranhos então abalam toda a comunidade.



Nem tempo, nem local são os mesmos. Entretanto, se vê nítida uma relação (não conexão) entre os dois últimos trabalhos de Haneke. O diretor soube como abordar, tanto Caché quanto em A Fita Branca, o comportamento do homem em situações de difícil lida. Mais uma vez, o clímax é o próprio enredo, e não os cinco minutos finais. Isso pode até deixar alguns espectadores revoltados, mas dá mais sentido ainda a obra.
O austríaco teve êxito também em mostrar o quanto somos influenciáveis pelo meio, seja ele a comunidade ou a família, e o quanto isso pode vir a trazer conseqüências drásticas. Naturalismo puro! O que será das crianças no futuro? Certo ou errado, a jogada foi sensacional.
Venceu Cannes 2010. Sem reparos. Pra mim, esse sim, o melhor da década.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

SEX AND THE CITY II

O que motivou o originou esse blog foi a crítica. Não a crítica positiva, como tem ocorrido na grande maioria dos posts, mas sim a crítica feroz, botando o dedo na ferida. Muitas vezes criando feridas para poder botar o dedo. Pouco fiz isso, já que não sou masoquista o suficiente pra ficar vendo merda.

Sempre achei Sex and the City o seriado mais inútil já criado. Jamais consegui assistir um episódio completo, aquela Carrie Sarah Jessica-Parker com cara de cavalo é irritante demais, sempre fazendo caretas que conseguem deixar ela mais feia ainda, além das indagações super profundas sobre sapatos. A outra, a ruiva magrela e com sorriso estranho, simplesmente é uma chata, mas pelo menos é a única que demonstra alguma preocupação com independência e família. A Charlotte é uma típica madame: sempre com histórias de casamento e aparentemente nunca fala em trabalho. A menos pior é Samantha: a liberal.

Estava eu em casa entediado, nada pra assistir na TV. Esbarrei em Sex and the City II. Por um momento passou pela minha cabeça "será que vou conseguir entender o II sem ter visto o I?". Um recado pros interessados: não precisa de bagagem pra entender, é tudo totalmente auto-explicativo e previsível. Resolvi assistir pra finalmente entender qual a moral desse negócio, o motivo de tanto comentário e devoção feminina.

Tudo começa com as inseguranças femininas, encabeçada obviamente pela insuportável Carrie. Coitado do marido tenta agradar e só se fode, não há o que a faça feliz. Ela acredita estar passando por uma espécie de crise matrimonial, sendo que o marido tenta fazer tudo pra agrada-la. A outra, Charlotte, tem que ficar em casa cuidando das filhas. Aparentemente não trabalha e ainda tem uma babá, mas obviamente só reclama da vida. As duas outras são aceitáveis. A aventura e motivo do filme começa quando a liberal consegue um esquemão pra ir a Abu Dhabi com tudo pago pelo Xeque e ainda consegue levar todas as amigas nessa. Porra, baita esquema!!! (calma, elas conseguem fazer merda. Nem pra isso servem!)

Em Abu Dhabi são recebidas com toda a pompa, cada uma tem um Maybach para sí, mordomo e ficam na melhor suíte do hotel. O sonho de toda a mulher: não ter que fazer nada, ganhar tudo na mão o tempo todo e sem pagar 1 centavo. Ok, acho que é o sonho de todo o ser humano, mas não interessa, elas não merecem. Durante a viagem uma é a chata, que leva um monte de guias, planeja atividades, etc. A chata  pelo menos serve pra ensinar alguns detalhes da cultura local. A outra só fica tentando vigiar o marido, insegura e paranóica que vai ser traída. Também, sendo a inútil que é tem que ficar com medo mesmo. A Samantha tarada conhece um milhonario bonitão por lá e acaba fazendo safadeza em público, que ela sabia ser proibido, a polícia flagra o ato e ficha ela. É assim que o Xeque acaba com a mordomia e elas precisam sair correndo pra não ter que pagar nada. Carrie, a mais imbecil de todas, por um desses caprichos do destino, ou falta de inteligência do roteirista, encontra um ex namorado no meio de um feirão(tipo um mercado público mais afudê) em Abu Dhabi. O cara convida ela pra jantar e a idiota vai. Ela fica lá flertando, afinal ela está em uma crise, precisa se encontrar - falta de vergonha na cara. O óbvio acontece e ela acaba beijando o arrombado do ex namorado(que também é casado e tem 3 filhos). Coitadinha da Carrie, fica arrasada, acaba ligando pra contar pro marido. Ele escuta e não fala nada, só diz que está no trabalho e desliga.
A partir daí o negócio vira um humor entre Didi Mocó e Ari Toledo e de uma profundidade sentimental digna de filmes da Jennifer Aniston. Elas se metem em algumas confusões, uma coisa mais ridícula que a outra.

Por fim voltam pra NY e o que acontece na sequencia é de embrulhar o estômago. A piriguete com cara de cavalo Carrie encontra o marido em casa, pra ver qualé da situação. Nessa hora o filme que já era uma merda conseguiu ficar pior. Confesso que me deu nausea. O cara chega e dá um anel com um diamante enorme pra ela e diz: "Isso é para você nunca mais esquecer que é casada". Tem que ser corno mesmo, que pena que ela não fez uma orgia com o Xeque, todos os seguranças dele e mais os camelos, pq esse cara merecia.
Aí está. Esse filme é uma merda. Nota 3,9 no imdb. Lixo. Graças a Alá quando o filme acabou meus amigos vieram aqui em casa. Vou exorcizar qualquer resquício dessa merda do meu corpo com jogatina, whisky e narguile antes que influencie minha masculinidade.



quarta-feira, 31 de agosto de 2011

SPARTACUS

Sugestão de um amigo que não compartilha de um gosto cinematográfico similar ao meu. Por exemplo, ele gostou bastante de Transformers. Ao mesmo tempo, gostamos de Senhor dos Anéis, Harry Potter e Piratas do Caribe. Quando ele me falou pra assistir Spartacus ele definiu como “uma mistura de 300 com Gladiador”, fiquei curioso. Comecei a assistir e fiquei viciado. Vi a primeira temporada inteira em 2 dias, todos os 13 episódios, que duram 50 minutos cada.

A história toda se passa no império romano. Spartacus é um escravo gladiador que pertence a Bastiatus, um lanista desprovido de princípios morais que passa por maus momentos. O maior gladiador de todos os tempos começa por baixo e vai ganhando reconhecimento. A história é velha e conhecida. O que interessa é a maneira como ela é contada. A medida que os episódios vão passando, os personagens vão ganhando mais profundidade, os jogos de poder e as intriga vão ficando mais embaralhados e cada vez mais violência e nudez ajudam a prender atenção. Até digo que a nudez é extrema, em alguns momentos ela prende mais atenção do que a história. Fiquei um episódio inteiro procurando tetas e perdi várias mortes. Por sinal, as mortes são extremamente sangrentas, decapitação e amputação de membros são tão comuns quanto os palavrões pesados.
Sem dúvida é aquele tipo de seriado que te deixa sentado na ponta da cadeira, esperando pela próxima virada na história, traição, tramoia, a próxima morte. Porem nada como Lost, que apelou pra fumaça preta ou então 300 com seres mitológicos. Spartacus é realidade pura, maldade e ganancia humana. Jogadas sensacionais de manipulação e troca de poder.
Abre o olho pra não perder a última jogada maquiavélica do Batiatus e da mulher dele, não fica procurando peitinhos, porque vais achar vários e ainda outras coisas mais.
AH!! Baseado em fatos reais - se quiserem, leiam sobre na wikipedia clicando aqui

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Io non ho paura

"Eu não tenho medo", de 2003, conta a história de um menino de 10 anos que encontra um rapazote da mesma idade acorrentado dentro de um buraco. Na busca pelo por que do outro se encontrar naquela situação, Michele (pronuncia-se “Miquele”) percebe que não pode confiar nem nos pais; e aí nasce a amizade entre os dois. O cenário é uma pequena vila campeira no sul da Itália, durante o período conhecido como Anni di piombo, época de grande efervescência sociopolítica no país da bota.
A fotografia do filme é sensacional. Explora o ambiente bucólico com cores e tons fortes, de um quê pueril, contrastando com a escuridão em que fica preso o rapazote. Há uma interessante conexão entre os relatos do personagem principal - que à noite tem lampejos de romancista, escrevendo em um diário - e campo, bichos e adultos. O amadurecimento de Michele se torna evidente e enriquece ainda mais o enredo.
O resultado da criação de Gabriele Salvatores, baseada em fatos reais, é belo. Incompreensível como não ganhou nenhum prêmio fora da Itália.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Through the Wormhole

Uma série do Science Channel americano sobre enigmas do universo. Cada episódio trata sobre um tema diferente, que são sempre tão interessantes quanto complexos.
Em todos os capítulos são entrevistados pesquisadores influentes, cada um em seu campo. A ideia é chamar os Science Rockstars atuais e mencionar os antigos. Einstein é quase certo em todos os capítulos. Por exemplo, quando falando sobre Buracos Negros (2ºepisódio da 1ª temporada) é descrita a competição entre as teorias de Stephen Hawking e Leonard Susskind - não serei pedante em dizer que conheço o segundo. Confesso que não entendi totalmente tudo, mas aprendi um bocado.
Aí está o vídeo completo:

Outros episódios são, na minha opinião, mais interessantes, pois tratam sobre ciência X religião, como por exemplo o primeiro de todo: "Existe um Criador?".
Recomendado para qualquer curioso ou interessado, Trough the Wormhole é legal demais, pois consegue trazer conceitos da física teórica e avançada para o público em geral. Cuidado para não virar um chato, pois certamente ao invocar um dos temas em uma conversa de bar, não vais conseguir explicar tudo. Além de chato pode acabar fazendo papel de burro.

PS: Narrado por ninguem menos que o mestre da vida: Morgan Freeman!!! E é muito legal que ele sempre conta uma historinha, muitas vezes da infância dele no delta do Mississipi, LOL. Morgan Freeman é o rei!!!


O pior trabalho do mundo (Get him to the Greek)

Uma comédia que eu estava para assistir há bastante tempo, desde quando vi pela primeira vez "Ressaca de Amor (Forgetting Sarah Marshall)" e depois descobri que o rockstar Aldous Snow seria personagem de outro filme.
O pior trabalho do mundo é o que Aaron tem de executar. Aparentemente o emprego dos sonhos vai se transformando a medida que ele vai conhecendo melhor a intimidade de um dos seus maiores ídolos: Aldous Snow, um rockstar meio decadente(porém lendário) e autodestrutivo. Aaron precisa traze-lo de Londres, passando por NY, até Los Angeles para um show que deve revitalizar a carreira dele, bem como gerar bastante receita para a gravadora de Sergio(vai sempre ser Puff Daddy pra mim, não importa quantas mudanças de nome ele fizer).
De antemão já dá pra imaginar que aquela turminha vai aprontar muita confusão, só que realmente a história vai tomando rumos bizarros demais, eles levam a loucura de um famoso ao limite. Para quem não está acostumado, tudo parece exagerado, mas chega a passar pela cabeça de um paisano(eu o resto da torcida do xavante) que as situações podem muito bem ser baseadas em fatos reais.
É uma comédia engraçada, não é um humor dos mais inteligentes, mas sim sujo e honesto, sem rodeios. Eu prefiro, forçando uma comparação, "Ressaca de Amor", embora sejam muito diferentes. Mesmo assim, assite lá que vale a pena, pra quem não tem problema em ouvir uma porrada de palavrões.


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Assalto ao Banco Central

A narrativa do maior assalto a banco da história do Brasil tem todos os elementos clichês de um blockbuster americano: a montagem da equipe, o líder fodão, a ideia de um motim, o policial velhote que não sabe viver no mundo atual, o policial novato cheio de talento e ambição, o policial corrupto, o ladrão carismático, o ladrão desastrado, os momentos de tensão, a torcida pelos bandidos... enfim, todos aqueles personagens que já conhecemos estão lá. A trama já nasce sem elementos surpresa, evidentemente, portanto o desafio do diretor foi conseguir deixar o espectador sentado na ponta da cadeira. Ele faz isso intercalando a história entre os bandidos, os policiais, os interrogatórios e os corruptos. Dessa maneira acabou deixando tudo sem meio de campo, foi direto ao ponto na construção do perfil de cada personagem e também na história, o que justifica a primeira frase desse texto: todos os clichês estão lá.

Sobre o elenco, somente tenho a dizer que o Lima Duarte parece estar interpretando um drama pessoal: está velho, está na hora de parar.

Fiquei o filme inteiro com a sensação de que se fosse feito em Hollywood seria apenas levemente diferente. Talvez o modo de contar a história, a linearidade e o momento em que a historinha dos policiais encontra a historinha dos bandidos. De qualquer maneira, gostei do filme, mais um do gênero "fatos reais", que me agrada bastante.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

L'equip petit

"L'Equip petit" é um curta espanhol que apresenta o Margatània, equipe mirim de futebol composta por onze meninos e duas meninas. O time disputa um campeonato local na Cataluña e não consegue marcar um gol sequer. No vídeo, há imagens de uma partida e depoimentos dos jogadores e dos pais. Mesmo com a atuação desastrada, as crianças não perdem a alegria de simplesmente e apenas jogar futebol. Belíssimo!

Créditos: El País

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Caché

“Caché”, de 2005, se passa na década passada, em uma cidade francesa. O filme inicia com um apresentador de programa de televisão, Georges, e a esposa analisando uma fita de vídeo. Nela, uma câmera parada mostra a casa do casal sendo vigiada. Depois, além de outras filmagens, recebem envelopes contendo desenhos que aterrorizam marido e mulher. As ilustrações fazem o personagem principal tentar voltar ao passado na busca de uma explicação para o acontecimento. A partir daí, e muito devido ao pânico que se instala após as cartas, Georges começa a viver um conflito familiar. Não só no que tange o casamento em si, mas também na sua relação com o filho.
Haneke soube como abordar não só o comportamento do homem em situações de difícil lida. Teve êxito também em mostrar, como cenário, a sociedade francesa e seus dogmas e recalques contemporâneos. Quem conhece o diretor sabe que o plano de fundo é como o gran finale das produções de Hollywood. É a razão da obra.
Aqui escrevendo, lembrei de Onde os fracos não tem vez (de Hollywood, por sinal). A cena da moeda, em que Chigurh, no cara e coroa, indaga um vendedor se ele não passou a vida inteira apostando. Pois então, chega o momento no filme de Haneke em que não se trata de descobrir quem é o responsável pelos atos, e sim de analisar a “vítima”. Não é ele tão culpado quanto o “vilão”? Não passou Georges a vida inteira “apostando”?
Foi eleito pela Times o melhor filme da década. Não acho que tenha sido, mas vale a pena. Pode apostar!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Mary and Max

Mary, uma criança australiana amarelada e meio estranha. Max, um novaiorquino monocromático, obeso e socialmente desajustado. A amizade improvável começa da necessidade e da mente estranha de Mary: são amigos de correspondência. O que tem todo o potencial para ser uma catástrofe acaba sendo muito menos que isso, mas também não chega a ser um conto de fadas.
O filme de animação(massinha) é engraçadinho e ao mesmo tempo triste pra cacete. Certamente não é recomendado assistir com crianças pequenas. Segue a linha do Amelie Poulain e outros, no que tange o personagem principal, que é alguém desajustado, cheio de manias e com gostos inusitados, porém amável e carismático. A história é bem contada, um pouco cansativa, por isso os 80 minutos pesam. Nada insuportável.
Não espere a estrutura dos filmes de animação da Disney: aquele personagem mascote engraçadinho que todo mundo ama, nem as piadinhas e vilões ortodoxos. Mary and Max é bem diferente disso tudo. É um filme triste e bonitinho, sério e engraçadinho. Ah! baseado numa história real.

Assista!



Pra quem é chorão: tenha lenços por perto.

A música tema também é muito bonita:

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Tales of Mere Existence

Incrível como só agora estou fazendo outro post de alguma coisa que só existe na internet. Na realidade Tales of Mere Existence é também vendido em DVD, mas o critério técnico de enquadramento não interessa nesse momento. É um show do youtube e pronto. A questão é que eu, ultimamente, venho assistindo menos e menos TV e mais e mais YouTube. Esse é um dos shows que eu gosto de assistir, sou inscrito no canal há bastante tempo. É uma pena que não haja maior apoio pra essas pessoas criativas da internet, ainda.



Nos primeiros minutos de vídeo, Tales parece extremamente chato. Inclusive nos primeiros vídeos Tales pode realmente parecer um saco. "Quem é a criança que fez isso?" pode passar pela cabeça. A medida que a pessoa vai assistindo mais e mais vai entendendo que os desenhos são algo pra preencher a tela, é preciso prestar atenção na fala, nem tanto nos desenhos. Acredito que propositalmente os desenhos são simples, afinal assim conseguimos prestar mais atenção na lógica do que está sendo dito. Pode-se definir o Lev (criador) como um escritor com talento para desenhista, ou o inverso disso. De qualquer modo, frequentemente sobre assuntos cotidianos(ex: como carregar os livros na escola), Tales fala da vida pessoal do seu criador, sua adolescência, experiências, filosofias de vida, aspirações. De modo geral me identifico bastante, principalmente nas ideias sobre o sentido da vida e identidade própria(ex: Who the hell am I?). Aparentemente o criador não sabe muito bem quem é, onde se encaixa, como deve se portar e qual o papel dele no mundo. Ele consegue, vídeo a vídeo, criar um cenário bastante interessante para caracterizar-se: é um cara estranho. Porém, quando assistimos mais episódios, fica claro que é exatamente isso que o define, a noção de que ele é um cara estranho, introspectivo, que sabe que não se encaixa, mas tudo bem, não tem problema em admitir e não fica forçando a barra.
Em praticamente todos os vídeos ele é genial, tem alguma tirada e insight muito bom. Tem uma habilidade excelente de formar frases e construir uma história, de modo que consegue passar a sua essência de uma maneira que parece ser muito simples, embora muitas vezes seja algo bastante profundo. Da maneira com que falei parece que é alguma coisa pesada, pretensiosa, mas não. Até mesmo nos seus vídeos mais profundos ele consegue ser descomplicado. Claro que, como já disse antes, ele também fala de assuntos engraçados, com os quais todo mundo consegue se identificar.
Sou um grande fã e espero que ele continue fazendo vídeos e postando eles de graça por muito tempo.

Aí vai um dos meus preferidos:



Já parei pra pensar e cogitei o fato de ele ter criado um personagem paranoico, estilo a maioria dos do Woody Allen, pra fazer sucesso no YouTube. Não quero aceitar essa hipótese, pq assim eu teria mais um personagem parecido comigo, e não a reconfortante prova real  de que há pessoas assim por aí.

Harry Potter

Acabou-se

E agora?

Um guia pocket para a vida pós Harry Potter.

O que fazer?

1. Viva normalmente, aceite o fato, é apenas um filme.
2. Se tu só viu os filmes, que tal ler os livros? Estão cheios de detalhes novos.
3. Leu os livros? Viu os filmes? Repita desde o início. Decore os feitiços.
4. Procure outra série para assistir, porém seja imparcial. Dizem que Percy Jackson é legal!
5. Procure outra série para assistir, sabendo que ninguém é capaz de preencher o vazio deixado por Dumbledore, Harry, Hermione, Hagrid, Ron, Malfoy e até mesmo Aquele-que-não-deve-ser-nomeado. Amaldiçoe Percy Jackson e todos os outros Crepúsculos da juventude atual, que está perdida.
6. Que tal suicídio?

PAUL

Indicação de quem entende muito de cinema: minha irmã.

Desde que assisti Shaun of the Dead me identifiquei com o estilo do humor. Acabei esquecendo, com o passar do tempo, da dupla de atores principais. Até que esses dias minha irmã, com quem frequentemente troco dicas de filmes, me passou PAUL, dizendo que era um filme engraçado em que o Seth Rogen é um E.T. e também com os 2 ingleses aqueles. Bastou pra despertar meu interesse.

Basicamente PAUL é isso mesmo. Um alien e suas aventuras com 2 nerds ingleses aficcionados por E.T.'s nos Estados Unidos. Eu não gosto muito de filmes de E.T., mas esse evidentemente é diferente, já mencionei que o extraterreno do momento é o Seth Rogen.

Além das piadas, situações caóticas e temática de road trip o final ainda ajuda bastante!

RECOMENDADO!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Movin' on Up

Um post rápido só para mostrar que estou vivo.

Faz um tempo, achei no youtube um trailer de um documentário que fiquei louco pra ver. Até hoje não consegui baixar, muito menos achar em locadoras. É um documentário sobre uma das minhas bandas preferidas de soul music: The Impressions.

Aí o trailer



Achei que a importância que eles dão para o Curtis Mayfield e para a música dele está meio demais, será que não? Bem, não assisti o completo ainda.

Pesquisei no imdb sobre, mas há poucas informações, nem nota tem. Foi feito em 2008 e até hoje está sem nota? Estranho. Como ainda não assisti, não vou comentar nada.
Então o que eu quero com esse post é mostrar o The Impressions, com Curtis Mayfield cantando.




Vale a pena ir atrás de mais músicas do grupo, e também alguma coisa solo do Curtis. O soul dos anos 60 e 70 é bom demais, normalmente as músicas tem metais, que dão uma dinâmica muito legal, além de ótimas vozes e ritmo fantástico. Foi uma boa fase pra black music. A música mais famosa dele, Move on Up, parece muito com talvez a música mais famosa do Mayer Hawthorne, The Ills, que fez um cd muito bom no nesse estilo mais antigo. Fica para outro post...

Ouçam!!! Soul music é forte ainda hoje!!!!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Os Falsários

Depois de algumas semanas ausente, volto a escrever aqui.
Não assisti muitas coisas que valessem a pena um post, até ontem. Não lembro exatamente como achei o filme, sei que decidi baixar para ver. Os Falsários se passa durante a II Guerra. Não é meu tipo de filme de guerra preferido, pois não mostra as trincheiras, e sim os campos de concentração. Mesmo assim, desse eu gostei. Gosto de filmes baseados em fatos reais: Into the Wild, A Lista de Schindler, Invictus, I Love you Phillip Morris(O Golpista do Ano), Prenda-me se for Capaz e principalmente Jumper.
Solly (ou Sally) Sorowitsch é judeu e um grande artista e falsificador (de passaportes e moedas). Eventualmente é preso e acaba em um campo de concentração. Lá rouba um papel e faz um desenho de um soldado nazista, e por isso acaba sendo reconhecido. Os oficiais começam a pedir que ele faça desenhos de suas familias, pinte murais, etc. Assim sua vida de concentrado é amenizada.
Em algum momento ele é transferido para outra unidade. Lá encontra vários outros artistas e especialistas em tipografia, impressão, etc. O novo campo serve como base da Operação Bernardo: operação nazista que falsificava dólares e libras, a fim de financiar o regime. Como são judeus prisioneiros extremamente valiosos, tem regalias impressionantes: boas camas, banhos, cigarros e até mesa de ping-pong.
Isso tudo parece muito bom, mas não para Burger, o contra ponto da historia toda. Ele se recusa a colaborar, por não querer financiar o regime nazista, e fazendo isso cria o dilema moral da história: se não fazem dinheiro, todos morrem; se fazem, estão alimentando a guerra. O que fazer?
É por aí que desenrola o filme. Achei um pouco monótono, até pela falta de trilha sonora e ação, mas não me impediu de gostar a ponto de postar aqui.



PS: não é falado no filme, e não cheguei a pesquisar sobre a Operação Bernardo, mas imagino que tivesse o objetivo de enfraquecer a moeda dos outros países também, além de financiar o nazismo.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Cheiro do Ralo

O Cheiro do Ralo é um filme brasileiro de 2007. A foto aqui do lado mostra o personagem principal, Selton Melo, abraçando a Bunda, o outro grande personagem. A estética é meio estranha, não da pra saber muito bem em que época se passa. As roupas, os objetos, o cenário, é tudo meio ultrapassado e tem cara de serviço público. O visual não é o que marca, e sim a trama.
Lourenço(Selton) é dono de uma espécie de loja de penhores. Ele compra objetos de pessoas em necessidade, e usa o desespero dos outros para se divertir e barganhar, extorquindo e torturando sempre que tem vantagem sobre os coitados. No desenrolar da história ele vai ficando mais sem noção, o que aumenta proporcionalmente com o cheiro que sai do ralo do banheiro dele, que não tem jeito de ser consertado.
Ele não tem respeito por ninguem, odeia todos, mente, é sádico com prazer(a redundância aqui é proposital). Há só 2 coisas por que tem apreço: a Bunda e seu pai. Veja bem, eu disse coisas. A Bunda é a garçonete do lugar onde ele vai comer, mas nunca come. O pai é alguem que ele não conheceu e tenta montar com objetos comprados. Ele é problemático demais!
Ao mesmo tempo ele é engraçado, tem um sotaque puxado no R e é afiado nas respostas - quando manda um la vida es dura pro peruano do gramofone. As vezes mostra que tem um lado masoquista também, que aparece quando leva as pessoas ao limite, sempre provocando o senso de decência com dinheiro.


É um filme nacional difícil de comparar e de descrever o gênero. Talvez seja melhor então dizer aquilo que ele não é, ao invés de dizer o que é: não é o Tony Ramos fazendo papel de mulher, não é um "favela movie", não é comédia romântica, não é literatura de cordel, não é daqueles filmes aclamados pela crítica e extremamente chatos. É estranho. Talvez se pegue vendo o filme e pensando: mas o que é isso? Deve ser o cheiro do ralo.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Freaks & Geeks

Esses dias lembrei dessa série que vi poucas vezes no Multishow, não sei quanto tempo atrás. Somente lembrei que havia assistido, nada mais. Nada do enredo, personagens, atores. Nada.
Resolvi adquiri-la, de modo totalmente lícito na internet, evidentemente. A série mostra o cotidiano escolar de 2 grupos: os freaks, mais velhos, e os geeks, mais novos. Nos primeiros episódios estava um pouco enojado com o comportamento dos "cool kids", que faziam bullying com tudo e todos, por qualquer motivo. Não sei se é o Brasil, o meu colégio, a minha época ou simplesmente eu, mas não consegui lembrar de nenhuma cena parecida quando eu era aluno. Achei as implicâncias muito forçadas...
Esse fato me deixou um pouco desconfortável com a série, principalmente com o Sam e a Lindsay, os dois principais que são uns chorões, desesperados por atenção. Viviam sendo ridicularizados e não faziam nada a respeito. Com o passar dos episódios isso foi mudando, a Lindsay e o Sam foram ficando mais agradáveis, e os machões e machonas do bullying ficaram mais amigáveis.
A partir daí o humor e o perfeito retrato dos sentimentos juvenis tomam conta. Agora sim não achei forçado, pelo contrario, muito bem feito e bastante real. Os problemas que parecem ser o final do mundo conseguem contagiar, tipo quando os geeks não querem deixar a Lindsay e os amigos beberem cerveja. A paixãozinha do Sam(que continua um chorão) pela Cindy, e todo o esforço que ele faz só pra estar do lado dela. A Lindsay fazendo merda pra se enturmar com os novos amigos. Por aí vai... Algumas cenas tem aquela genialidade simples, tipo a cena do Bill(meu personagem preferido, disparado em primeiro lugar):

A inocência e paz dos 13 anos, assistindo Sessão da Tarde(ou algo que valha), se empanturrando de porcaria.... pra ser mais autobiográfico só se tivesse comendo Passatempo e vendo Curtindo a Vida Adoidado.

Já que mencionei essa cena, vale frisar 2 coisas
- Elenco
- Trilha
De cara: James Franco, Jason Segel e Seth Rogen. A série foi filmada antes de 2000, portanto eram ainda promessas, que hoje deram certo. Quem assiste todos os episódios ainda ve outros hoje famosos: Shia Lebouf e Ben Stiller são os que eu lembro agora, ainda tem outros. Bônus: Biff Tannen como professor de ed. física! hehehehe
A musica faz parte, a trama toda se passa nos anos 80, os freaks são todos loucos por Led Zeppelin e rock n roll classico. A musica tema é Bad Reputation... enfim, a musica é boa, atenção pra esse elemento.
Vale a pena assitir Freaks & Geeks, sem dúvida. Ainda vou fazer outros tópicos sobre essa série, que já tá na minha lista de favoritas. É uma pena que teve só uma temporada...

PS: O BILL rouba a cena sempre, não tem nem graça... O Alan deveria ter sido preso por tentativa de homicídio!!!!!!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

3%


No mar de merda das produções brasileiras de seriados, surge um helicoptero de resgate. Um colega de trabalho me disse: "procura ai no youtube 3 porcento". Fui meio desacreditado, pq o tal colega é um arrombado, bafo de merda (hahaha sacanagem, o guri é bom).
Se trata de ficção científica, não aquele tipo de coisa futurística ou mitológica, mas sim uma sociedade diferente - mas nem tanto - da nossa, com humanos, nenhum monstro peludo ou fumaça preta assassina. A definição a seguir é do canal deles no youtube 
A série acompanha a luta dos personagens para fazer parte dos 3% dos aprovados que irão para o Lado de Lá. A trama se passa em um mundo no qual todas as pessoas, ao completarem 20 anos, podem se inscrever em um processo seletivo. Apenas 3% dos inscritos são aprovados e serão aceitos em um mundo melhor, cheio de oportunidades e com a promessa de uma vida digna. O processo de seleção é cruel, composto por provas cheias de tensão e situações limites de estresse, medo e dilemas morais.
Logo de cara surgem 4 personagens: dois homens e duas mulheres. Também não tarda a aparecer a crueldade dos outros, os do Lado de Lá, que são responsáveis pela seleção dos 3% que terão a chance(vestibular??). Começam as entrevistas, que geram excelentes diálogos e dilemas morais que são muito bem encaixados,  saem naturalmente, bom jogo de camera, boa trilha sonora e boa atuação. Sem dúvida o que mais me impressionou foi a qualidade do roteiro. Espero que mantenham o nível sem apelar, exemplos: Lost e O Grande Truque.
O perfil dos 4 já vai se inclinando, e é essa a característica que mais me chamou atenção: ninguém é o bonzinho. Todos são humanos, a escola novela-da-globo aqui não vingou. É aquele tipo de situação que tu consegue se relacionar e pensar: "porra, o que eu faria no lugar dele/dela?".
A série é muito bem pensada, extremamente bem escrita e não fica para trás das melhores produções americanas. Ainda não tem contrato com nenhum canal de TV, mas certamente não demora a passar na Band.

Abaixo somente a parte 1, os links para as próximas estão no final.

Piratas do Caribe e Orlando Bloom

Piratas do Caribe é uma ótima sequência, sem dúvida. Na minha opinião o primeiro é o melhor, o segundo não fica muito atrás. O que me deixa irritado é o 3, quando o maior bunda mole do cinema assume o Flying Dutchman e vira o cara mais sinistro dos mares!!! Sem falar na cena final do casamento, não combina com o filme. Graças a Deus que no 4 tiraram esse infeliz, mas não vou falar disso, fica para outro post.
Pra começar: como o Orlando Bloom conseguiu um papel no filme? Como ele conseguiu um papel em qualquer filme? Legolas? Até pode ser, mas Davy Jones, sem chance! Ele jamais conseguiria ser um pirata, aposto que enjoa até andando de escada rolante. Davy Jones tinha que ser um cara com aquele cromossomo que o Chuck Norris tem. O que melhor justifica meu argumento é a frase da namorada de um amigo, que ouvindo essas minhas críticas, disse: "Ai, mas ele é tão lindo!". O barqueiro que leva as almas para o outro lado não pode ser lindo, tem que ser um cara amargo, mal humorado e carrancudo. Até o Marcelo Dourado seria melhor para o papel.
Concordo com ele em Troia, que faz um papel de fraco, covarde e bunda mole.