sexta-feira, 24 de junho de 2011

Os Falsários

Depois de algumas semanas ausente, volto a escrever aqui.
Não assisti muitas coisas que valessem a pena um post, até ontem. Não lembro exatamente como achei o filme, sei que decidi baixar para ver. Os Falsários se passa durante a II Guerra. Não é meu tipo de filme de guerra preferido, pois não mostra as trincheiras, e sim os campos de concentração. Mesmo assim, desse eu gostei. Gosto de filmes baseados em fatos reais: Into the Wild, A Lista de Schindler, Invictus, I Love you Phillip Morris(O Golpista do Ano), Prenda-me se for Capaz e principalmente Jumper.
Solly (ou Sally) Sorowitsch é judeu e um grande artista e falsificador (de passaportes e moedas). Eventualmente é preso e acaba em um campo de concentração. Lá rouba um papel e faz um desenho de um soldado nazista, e por isso acaba sendo reconhecido. Os oficiais começam a pedir que ele faça desenhos de suas familias, pinte murais, etc. Assim sua vida de concentrado é amenizada.
Em algum momento ele é transferido para outra unidade. Lá encontra vários outros artistas e especialistas em tipografia, impressão, etc. O novo campo serve como base da Operação Bernardo: operação nazista que falsificava dólares e libras, a fim de financiar o regime. Como são judeus prisioneiros extremamente valiosos, tem regalias impressionantes: boas camas, banhos, cigarros e até mesa de ping-pong.
Isso tudo parece muito bom, mas não para Burger, o contra ponto da historia toda. Ele se recusa a colaborar, por não querer financiar o regime nazista, e fazendo isso cria o dilema moral da história: se não fazem dinheiro, todos morrem; se fazem, estão alimentando a guerra. O que fazer?
É por aí que desenrola o filme. Achei um pouco monótono, até pela falta de trilha sonora e ação, mas não me impediu de gostar a ponto de postar aqui.



PS: não é falado no filme, e não cheguei a pesquisar sobre a Operação Bernardo, mas imagino que tivesse o objetivo de enfraquecer a moeda dos outros países também, além de financiar o nazismo.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Cheiro do Ralo

O Cheiro do Ralo é um filme brasileiro de 2007. A foto aqui do lado mostra o personagem principal, Selton Melo, abraçando a Bunda, o outro grande personagem. A estética é meio estranha, não da pra saber muito bem em que época se passa. As roupas, os objetos, o cenário, é tudo meio ultrapassado e tem cara de serviço público. O visual não é o que marca, e sim a trama.
Lourenço(Selton) é dono de uma espécie de loja de penhores. Ele compra objetos de pessoas em necessidade, e usa o desespero dos outros para se divertir e barganhar, extorquindo e torturando sempre que tem vantagem sobre os coitados. No desenrolar da história ele vai ficando mais sem noção, o que aumenta proporcionalmente com o cheiro que sai do ralo do banheiro dele, que não tem jeito de ser consertado.
Ele não tem respeito por ninguem, odeia todos, mente, é sádico com prazer(a redundância aqui é proposital). Há só 2 coisas por que tem apreço: a Bunda e seu pai. Veja bem, eu disse coisas. A Bunda é a garçonete do lugar onde ele vai comer, mas nunca come. O pai é alguem que ele não conheceu e tenta montar com objetos comprados. Ele é problemático demais!
Ao mesmo tempo ele é engraçado, tem um sotaque puxado no R e é afiado nas respostas - quando manda um la vida es dura pro peruano do gramofone. As vezes mostra que tem um lado masoquista também, que aparece quando leva as pessoas ao limite, sempre provocando o senso de decência com dinheiro.


É um filme nacional difícil de comparar e de descrever o gênero. Talvez seja melhor então dizer aquilo que ele não é, ao invés de dizer o que é: não é o Tony Ramos fazendo papel de mulher, não é um "favela movie", não é comédia romântica, não é literatura de cordel, não é daqueles filmes aclamados pela crítica e extremamente chatos. É estranho. Talvez se pegue vendo o filme e pensando: mas o que é isso? Deve ser o cheiro do ralo.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Freaks & Geeks

Esses dias lembrei dessa série que vi poucas vezes no Multishow, não sei quanto tempo atrás. Somente lembrei que havia assistido, nada mais. Nada do enredo, personagens, atores. Nada.
Resolvi adquiri-la, de modo totalmente lícito na internet, evidentemente. A série mostra o cotidiano escolar de 2 grupos: os freaks, mais velhos, e os geeks, mais novos. Nos primeiros episódios estava um pouco enojado com o comportamento dos "cool kids", que faziam bullying com tudo e todos, por qualquer motivo. Não sei se é o Brasil, o meu colégio, a minha época ou simplesmente eu, mas não consegui lembrar de nenhuma cena parecida quando eu era aluno. Achei as implicâncias muito forçadas...
Esse fato me deixou um pouco desconfortável com a série, principalmente com o Sam e a Lindsay, os dois principais que são uns chorões, desesperados por atenção. Viviam sendo ridicularizados e não faziam nada a respeito. Com o passar dos episódios isso foi mudando, a Lindsay e o Sam foram ficando mais agradáveis, e os machões e machonas do bullying ficaram mais amigáveis.
A partir daí o humor e o perfeito retrato dos sentimentos juvenis tomam conta. Agora sim não achei forçado, pelo contrario, muito bem feito e bastante real. Os problemas que parecem ser o final do mundo conseguem contagiar, tipo quando os geeks não querem deixar a Lindsay e os amigos beberem cerveja. A paixãozinha do Sam(que continua um chorão) pela Cindy, e todo o esforço que ele faz só pra estar do lado dela. A Lindsay fazendo merda pra se enturmar com os novos amigos. Por aí vai... Algumas cenas tem aquela genialidade simples, tipo a cena do Bill(meu personagem preferido, disparado em primeiro lugar):

A inocência e paz dos 13 anos, assistindo Sessão da Tarde(ou algo que valha), se empanturrando de porcaria.... pra ser mais autobiográfico só se tivesse comendo Passatempo e vendo Curtindo a Vida Adoidado.

Já que mencionei essa cena, vale frisar 2 coisas
- Elenco
- Trilha
De cara: James Franco, Jason Segel e Seth Rogen. A série foi filmada antes de 2000, portanto eram ainda promessas, que hoje deram certo. Quem assiste todos os episódios ainda ve outros hoje famosos: Shia Lebouf e Ben Stiller são os que eu lembro agora, ainda tem outros. Bônus: Biff Tannen como professor de ed. física! hehehehe
A musica faz parte, a trama toda se passa nos anos 80, os freaks são todos loucos por Led Zeppelin e rock n roll classico. A musica tema é Bad Reputation... enfim, a musica é boa, atenção pra esse elemento.
Vale a pena assitir Freaks & Geeks, sem dúvida. Ainda vou fazer outros tópicos sobre essa série, que já tá na minha lista de favoritas. É uma pena que teve só uma temporada...

PS: O BILL rouba a cena sempre, não tem nem graça... O Alan deveria ter sido preso por tentativa de homicídio!!!!!!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

3%


No mar de merda das produções brasileiras de seriados, surge um helicoptero de resgate. Um colega de trabalho me disse: "procura ai no youtube 3 porcento". Fui meio desacreditado, pq o tal colega é um arrombado, bafo de merda (hahaha sacanagem, o guri é bom).
Se trata de ficção científica, não aquele tipo de coisa futurística ou mitológica, mas sim uma sociedade diferente - mas nem tanto - da nossa, com humanos, nenhum monstro peludo ou fumaça preta assassina. A definição a seguir é do canal deles no youtube 
A série acompanha a luta dos personagens para fazer parte dos 3% dos aprovados que irão para o Lado de Lá. A trama se passa em um mundo no qual todas as pessoas, ao completarem 20 anos, podem se inscrever em um processo seletivo. Apenas 3% dos inscritos são aprovados e serão aceitos em um mundo melhor, cheio de oportunidades e com a promessa de uma vida digna. O processo de seleção é cruel, composto por provas cheias de tensão e situações limites de estresse, medo e dilemas morais.
Logo de cara surgem 4 personagens: dois homens e duas mulheres. Também não tarda a aparecer a crueldade dos outros, os do Lado de Lá, que são responsáveis pela seleção dos 3% que terão a chance(vestibular??). Começam as entrevistas, que geram excelentes diálogos e dilemas morais que são muito bem encaixados,  saem naturalmente, bom jogo de camera, boa trilha sonora e boa atuação. Sem dúvida o que mais me impressionou foi a qualidade do roteiro. Espero que mantenham o nível sem apelar, exemplos: Lost e O Grande Truque.
O perfil dos 4 já vai se inclinando, e é essa a característica que mais me chamou atenção: ninguém é o bonzinho. Todos são humanos, a escola novela-da-globo aqui não vingou. É aquele tipo de situação que tu consegue se relacionar e pensar: "porra, o que eu faria no lugar dele/dela?".
A série é muito bem pensada, extremamente bem escrita e não fica para trás das melhores produções americanas. Ainda não tem contrato com nenhum canal de TV, mas certamente não demora a passar na Band.

Abaixo somente a parte 1, os links para as próximas estão no final.

Piratas do Caribe e Orlando Bloom

Piratas do Caribe é uma ótima sequência, sem dúvida. Na minha opinião o primeiro é o melhor, o segundo não fica muito atrás. O que me deixa irritado é o 3, quando o maior bunda mole do cinema assume o Flying Dutchman e vira o cara mais sinistro dos mares!!! Sem falar na cena final do casamento, não combina com o filme. Graças a Deus que no 4 tiraram esse infeliz, mas não vou falar disso, fica para outro post.
Pra começar: como o Orlando Bloom conseguiu um papel no filme? Como ele conseguiu um papel em qualquer filme? Legolas? Até pode ser, mas Davy Jones, sem chance! Ele jamais conseguiria ser um pirata, aposto que enjoa até andando de escada rolante. Davy Jones tinha que ser um cara com aquele cromossomo que o Chuck Norris tem. O que melhor justifica meu argumento é a frase da namorada de um amigo, que ouvindo essas minhas críticas, disse: "Ai, mas ele é tão lindo!". O barqueiro que leva as almas para o outro lado não pode ser lindo, tem que ser um cara amargo, mal humorado e carrancudo. Até o Marcelo Dourado seria melhor para o papel.
Concordo com ele em Troia, que faz um papel de fraco, covarde e bunda mole.