sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

BREAKING BAD

Breaking Bad é a história de Walter White. Um pai de familia que é professor de química de colégio, mora no Novo México com sua esposa e filho. Ele é um gênio da química que leva uma vida mediocre para o potencial que tem, e é frustrado com esse fato. Logo no primeiro episódio ele é diagnosticado com câncer. O negócio é direto mesmo. Por algum motivo, que sinceramente não lembro, ele sai junto com o cunhado Hank para uma batida em um laboratório de metanfetamina - o cunhado é um tira da divisão de narcóticos. Walter percebe que ele pode produzir metanfetamina, e provavelmente um produto muito melhor do que os caras produzem, afinal é químico de verdade. O motivador é que precisa de dinheiro para seu tratamento, e caso morra, para deixar para sua familia. É aí que ele vira sócio de Jesse Pinkman, seu ex aluno e atual traficante. Walter entra para o crime.


Ao passar do tempo Walter precisa tocar um negócio que pouco entende, escondido da familia e ainda fazer seu tratamento. Fica cada vez mais difícil levar essa vida dupla, o negócio das drogas fica mais complexo e toma mais tempo. Naturalmente perguntas começam a ser feitas, tanto pela sua familia, como pela polícia e pelos outros personagens do submundo das drogas, onde Walter vai cada vez mais se inserindo e conseguindo cada vez mais poder.

Jesse, Walter, Walt Jr, Hank, Saul Goodman, cabeça na tartaruga, Mike, velho babão, Tuco e Gus Fring
Um dos melhores seriados que assisti recentemente. Comecei no início desse ano, por volta de março. Fiquei completamente viciado e assisti quase todas as temporadas sem parar. Os personagens que aparecem são sensacionais, a história é absurdamente bem escrita. É totalmente sutil em dicas do que pode acontecer, de modo que prende a atenção como nunca tinha visto.
Ultimamente é o seriado que mais recomendo aos meus amigos. Alguns tiveram a decência de assistir, outros ainda ficam achando que The Walking Dead é que é bom. A nota no iMDB é absurdamente alta: 9,4

TINTIM

Eu não sou nenhum adulto culto originado de criança prodígio. Também não sou nenhum pseudointelectual pra dizer que eu adorava Tintim, quando na realidade eu nunca li nem vi desenho nenhum dele. Até ontem sabia somente do que se trata, nada mais do que isso.
Assisti esperando um filme infantil, mas não é tanto assim. Tintim, sem querer, se envolve em uma trama de vingança e caça ao tesouro. Ele compra uma réplica miniatura de um navio famoso (O Unicórnio, em português fica Licorne, direto do francês - fui na Wikipedia pra descobrir essa) que muitas pessoas parecem ter interesse, sem motivo claro. Depois é revelado que o navio esconde uma pista para um tesouro enorme, que pertencia ao capitão do navio. Duas pessoas conhecem, acreditam e procuram o tesouro: o último descendente do capitão e o descendente do arquiinimigo do capitão. Não é necessário dizer que o ódio transcende as gerações e eles tenta se assassinar várias vezes.
O filme tem bastante ação, um pouco de humor e é muito bonito esteticamente. Como eu não conheço o Tintim, não sei dizer se está fiel ou não aos quadrinhos. Pra mim ele está mais para MacGyver do que para Sherlock Holmes ou Indiana Jones. Ele deveria observar mais o cachorro Milu, que é bem esperto.
De modo geral, gostei muito do filme.

The Adventures of Tintin (2011) on IMDb

domingo, 9 de dezembro de 2012

Un Cuento Chino

Baita filme. Já tinham me falado várias vezes da obra, mas vinha deixando passar. Só penso como não tinha antes olhado, visto a tamanha qualidade do espetáculo. Un Cuento Chino é de 2011, 11 é a hora pontual que Roberto (Ricardo Darin, o onipresente) apaga a luz e apaga. Dirigido por Sebastián Borensteinz, tem locações na Argentina e na Espanha.
O filme conta a história do encontro entre o já citado Roberto, um veterano das Malvinas que vende brocas e alicates, obsessivo-mor, e Jun, um chinês perdido em Buenos Aires, fugido da desgraça da morte da noiva no Oriente. Inicialmente, e quase lugar-comum entre comédias, acontece a tentativa do desencontro: o argentino, seco, áspero, só quer se livrar do carinha: embaixada, delegacia, la, la, la... Mesmo assim, já fica evidente de cara, que por trás da secura, há a ternura (guevarismo?), a gana platense; vide a cena sensacional da discussão com o policial.
 
 
 
É tri ver a vida do suburbano porteño virando de cabeça pra baixo com a chegada do China; pensando positivamente, y así lo és, o ranzinza acaba se concertando, ajeitando os parafusos. A mudança vivida por Roberto é bonita: o loco consegue deixar de ser um doente mergulhado nas obsessões e passa a construir uma história mais verdadeira, mais absoluta, mais dulce de leche (la cosa más rica del mundo).
Outro ponto fantástico da película são as historietas que se entremeiam durante o desenrolar. Num cenário mais fantástico, mais mágico, mais Cortázar, a vida é contada de um jeito suave, ameno, em que até as tragédias tornam-se fundamentais (no?) e também tem seu lado pastelão.
Como dito tinha, perdi muito tempo até ver Um conto chinês. O cinema argentino vem caminhando a passos largos e ele é mais uma prova disso. Não comete o mesmo erro que eu. Dá uma colherada no doce de leite e aprecia ambos.
 
 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

The Office (EUA)

Não é nenhum seriado novo, mas certamente é uma das comédias mais originais dos últimos tempos. Começou em 2005 e segue até hoje.
Se passa em um escritório pequeno, com pessoas totalmente normais, em uma cidade do interior sem nenhum apelo. É a versão americana de um seriado inglês, que ainda não assisti pra poder comparar. Uma empresa que vende papel em Scranton, Pennsylvania.
O humor é nonsense e imbecil ao mesmo tempo que é bem inteligente. Não é nada politizado e tem um pouco de referência de cultura pop, mas normalmente as histórias se desenvolvem dentro da trama dos personagens, que são realmente ricos e seguem uma linha fiel de comportamento. Os atores não são famosos (exceção do Michael), ou pelo menos não eram.
Vou me concentrar nos meus personagens preferidos:
Michael Scott
É o chefe. Em nenhum momento fica claro como chegou na posição onde está, porque é totalmente incompetente e desequilibrado. É muito carente e acha que os colegas de trabalho são sua familia, pois não tem filhos nem esposa. Por não ter vida, se envolve demais em questões pessoais de seus colegas, sempre passando do limite do que é socialmente aceitável. Ele é o rei das bolas fora e das piadas inadequadas. É meu preferido.
O ator que interpreta é o Steve Carell, que fez O Virgem de 40 Anos, que me agrada muito.
Dwight Schrute
É o melhor vendedor da empresa. Também o mais esquisito. Além de vendedor é um exímio homem do campo. Tem uma fazenda de beterrabas - tá sempre falando dela. É certamente o personagem mais estranho. Desconfio seriamente que o Sheldon do Big Bang Theory tenha sido um pouco inspirado nele. Pelo vídeo dá pra começar a ter uma noção

Pam e Jim
Pra quem não viu nada, já adianto: eles acabam se casando. Não interessa, o que importa é que esses são os mais normais do escritório, são os que tem melhor senso crítico de como viver em sociedade e não se perdem em devaneios absurdos, como Michael e Dwight. Quase nunca. Pelo menos não iniciam nenhuma aventura estúpida, mas certamente encorajam. Jim é o mestre das pegadinhas, tipo fazer uma gelatina e colocar as coisas do Dwight dentro.
Além desse tem o Creed, Ryan, Kevin e Toby. Cada um muito peculiar e engraçado a seu modo. Principalmente o Creed, velho completamente louco.
Um tempo atrás passava no FX na net, hoje em dia não sei dizer. Tem no Netflix da 1 até a sexta temporada. Amplamente recomendado pra quem gosta de comédia leves, sem piadas fortes, mas nem por isso leviano. É muito bem escrito, de modo que as piadas racistas e as colocações auto depreciativas do Michael sempre saem de maneira natural, nada forçado. Ok, não é nenhum Seinfeld no que diz respeito a perfeição do script, mas certamente muito bom.
 IMDB: The Office (2005– ) on IMDb