quinta-feira, 24 de julho de 2014

12 Homens e Uma Sentença

Esse filme de 1957 está no top 10 do imdb - atualmente é o número 8. Sempre queria assistir, mas por ser muito antigo, deixava pra outra hora. Até que, numa noite dessas, procurei um filme antigo para colocar e dormir rápido. Esse foi o primeiro que apareceu. Grande erro. Praticamente não pisquei durante os 96 minutos de duração.
12 Homens e Uma Sentença é um filme de advogado, de tribunal. Não é como Meu Primo Vinny, está mais para... sei lá. Um jovem de 18 anos está sendo acusado de assassinar seu pai a facadas. Todas as provas apontam para: CULPADO. Ainda assim, o juri - composto de 12 - deve chegar a uma decisão e proferir seu voto. Qualquer que seja, deverá ser unânime.
Entram numa sala os 12. Cada um mais personagem que o outro: o piadista, o velhote, o racista, o metódico, o machista e assim por diante. E um deles é o sensato. Só isso. Nenhum super herói. É a razão, imparcialidade. Iniciam a votação - objetivo primário de estarem enclausurados na pequena sala - e não chegam a unanimidade. Após a votação, o debate. Como pode achar que ele não é culpado, que ele não matou o pai?
O dia é quente, a sala é pequena e sem ar condicionado. As tomadas são longas. Começa a chover. A discussão aperta. Tudo isso sem trilha sonora, em preto e branco, só 12 personagens no filme inteiro, no mesmo cenário. 
"Eu não sei se ele é inocente, mas não tenho certeza que ele é culpado" - é o que o Henry Fonda diz. E agora?
É melhor prender um inocente ou deixar um criminoso livre? Quanto vale e quanto nos preocupamos com a vida do outro?

Baita filme, desde 1957.

12 Angry Men (1957) on IMDb