segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Vida pós Breaking Bad

O que assistir depois de Breaking Bad?
Essa é a pergunta que não me deixa em paz. Breaking Bad é sensacional e infelizmente acabou. Mas a vida segue e precisamos achar novos entretenimentos.
Pensamos aqui em algumas séries que podemos assistir, para não entrar em crise de abstinência.
1- The Sopranos
Ainda não assisti e está no meu watchlist há alguns anos. Tema: máfia. Todos dizem ser um clássico.
Pros: é da HBO. Tem 6 temporadas. Já terminou, então não tem a tortura de esperar cada episódio.
Contras: É um pouco antigo. Foi de 1999 a 2007.

2- The Wire
Já postado aqui no blog (clica aqui pra ver o post) com a ousadia de ter sido classificado como melhor que Game of Thrones e Breaking Bad.
Pros: é da HBO. Já terminou.
Contras: Será que pode ser melhor que Breaking Bad? Já começa com expectativa lá no céu.

3- Boardwalk Empire
Muito recomendado, indicado ao Emmy de melhor série de drama. Retrata a época da Lei Seca nos EUA. Al Capone e tal.
Pros: é da HBO. Tem o Steve Buscemi no elenco.
Contra: Nota 8,7 no iMDB. Pontuação mais baixa dessa lista. Ainda está correndo, ou seja, não dá pra assistir tudo em uma mega maratona em um final de semana.
Os olhos do Steve Buscemi: quanto mais tu olha, mais estranhos ficam.

4- Homeland
Minha aposta mais ousada. Também ainda não assisti, mas está sendo muito comentada por aí.
Um soldado retorna da guerra e é tratado como heroi, porém uma pessoa suspeita dele ter se tornado um terrorista.
Pros: roteiro diferente das outras aqui tratadas.
Contra: não é da HBO. Ainda está acontecendo.

5- Better Call Saul
A última da lista, porém não menos importante. Muito pelo contrário, a mais indicada. Obviamente não pelo conteúdo, mas sim por ser a única capaz de preencher o vazio deixado pelo Heinserberg, Mike, Gus, Hank e o Jesse.
Pros: O advogado mais trambiqueiro de Albuquerque se mete em muitas aventuras e arranja várias confusões em sua própria série!
Contra: Nenhum! Better Call Saul!!!!

domingo, 22 de setembro de 2013

Budapeste

Há tempos não comentava filme brasileiro; nem sei se já o havia feito aqui no blog. Dessa vez, me pareceu válido.
Depois de um giro europeu em Agosto, decidi ler "Budapeste", o livro de Chico Buarque, ganhador do Jabuti em 2004. A capital húngara foi, depois das cidades portuguesas, e talvez junto com Berlim, dos lugares que mais me encantou. Nada mais justo que revivê-la com a literatura.
O filme foi consequência. "Budapeste", baseado na obra, é de 2009 e foi dirigido por Walter Carvalho, o mesmo de "Amarelo Manga" e "Abril Despedaçado".
Como o livro, conta a história de um ghost-writer, José Costa (que na Hungria vira Kósta Zsoze) que, sem querer, acaba fazendo escala na terra magiar. Lá, e consumido pelos conflitos do casamento com Vanda, com quem vive no Rio de Janeiro, acaba se encantando por Kriska; não só por ela, mas pelo idioma local, "língua que até o diabo respeita".
Digamos que Kósta (mais autêntico assim) é um profissional frustrado e isso se torna claro no decorrer da película. Eu, como espectador, transformei a empatia inicial num sentimento de, digamos, "que cara chato" depois de algumas cenas. O personagem, talvez o que tem de melhor no filme, me pareceu muito bem interpretado por Leonardo Medeiros.
A máxima, pelo menos a minha, é "um filme é sempre pior que um livro". Ponto pra mim; sempre falta algo - o chato sou eu, agora. Ademais, "Budapeste", como a grande maioria da cinematografia brasileira (pornochanchada!), acaba pecando no excesso de sexualidade... sensualidade... nudez... é tudo putaria tupiniquim... posso assim dizer? O Rio de Janeiro, e o Brasil como extensão, não se resume a sexo e violência. A Argentina, anos-luz a nossa frente, não se resume a tango e dramaticidade; e o cinema local sabe como usá-los não só a seu bel-prazer.
Ainda assim, tem méritos a obra e acredito que seja válido ocupar o tempo com ela. Mas primeiro lê o livro. Né felt! 


domingo, 15 de setembro de 2013

Kick-Ass 2

Sabe quando você curte uma banda em início de carreira, cheia de personalidade e inovação, e depois ela vai mainstream e assume todos os clichês possíveis? Foi exatamente essa sensação que eu tive com Kick-Ass 2.

O grande trunfo do primeiro filme era desqualificar os pilares usuais de uma história de super-herói. O protagonista era um John Doe, sem dramas familiares e sem motivos excepcionais para se tornar um vigilante. Ele combatia o crime porque era bacana.

Na sequência, os clichês também são deslocados. Eles são exagerados e desacreditados mas, mesmo assim, são pontos centrais da história, e isso me incomoda bastante. Enquanto que no primeiro filme a história simplesmente fluía sem depender de acontecimentos críticos, no segundo coisas como me-vingarei-porque-você-matou-meu-pai ou quero-dominar-a-cidade-porque-sim são determinantes.

O elenco também inflou, especialmente pela presença do Jim Carrey. Eu gosto muito dele, especialmente quando ele não faz comédia, mas eu sinto que eu KA2 ele foi anunciado como uma atração principal, apesar de isso não se mostrar verdadeiro.

As cenas de luta pioraram bastante em relação ao primeiro filme. Há cenas boas, mas não tão intensas quanto antes. Parece que tudo ficou mais ameno e abrangente, para agradar um grande público. De novo, o lado comercial afeta mais "a arte de fazer um filme bom", ainda que isto significasse não agradar muita gente.

Pra acabar, não gostei do rumo da Hit-girl. Ela é um dos meus personagens favoritos em filmes e o ar Mean Girls  simplesmente não me agradou.

Enfim, Kick-Ass 2 não é um filme ruim, mas também não satisfaz as minhas expectativas. Comparar o primeiro filme com o segundo é como colocar ao lado as atuações do Steve Carrel depois da fama e em O virgem de 40 anos: não se tornou inassistível, mas também não me agrada tanto quanto eu esperava que iria agradar.

Obrigatório (mesmo que não muito agradável) para quem curtiu o primeiro filme. Razoável para quem quer passar o tempo. Ruim para quem pensava em um filme épico. Perfeito para quem curte "roupas de couro exóticas".


quarta-feira, 4 de setembro de 2013

R.I.P.D.

Já que o blog tá meio morto, resolvi escrever sobre R.I.P.D., filme de ação estrelado por Jeff Bridges  (Roy), Ryan Reynolds (Nick) e Kevin Bacon (Hayes). Na história, o agente Nick morre e é convidado a fazer parte do Rest in Peace Department, uma divisão policial celestial que cuida de demônios que cruzam a fronteira do além e voltam ao mundo dos vivos para aprontar altas confusões. Nick será companheiro de Roy, um policial à moda antiga (literalmente).


A história parece familiar? Não é à toa: o filme é uma mistura de MIB com Constantine. Do primeiro, R.I.P.D copia o lado "policial comum que vai para em uma agência secreta trabalhar com um veterano e combater inimigos de outro mundo". Só que, ao invés de aliens, aqui temos demônios, o que dá no mesmo.

Para combater os espíritos, agentes contam com uma munição especial que "apaga" os não-vivos (inclusive outros agentes). Fiquei com dúvida nesse ponto: para aonde vai alguém que morre depois de estar morto? É simplesmente apagado do universo? Isso é melhor do que sofrer no inferno?

É claro que o filme não se propõe a explorar questões transcendentais, mas sim a ser um filme de ação. Porém, mesmo sob esse ângulo, ele não impressiona. Os efeitos especiais são bons, mas não há nada de inovador. O espaço (praticamente ilimitado) para criar demônios não é explorado, e as criaturas  simplesmente "não impõe respeito". Aliás, o gordão que aparece no trailer lembra mais o Blob dos X-man do que qualquer outra coisa.

O trailer oficial passa bastante spoilers e mostra as melhores cenas do filme, e o resto da história dá pra concluir nos primeiros 15 minutos. Eu não assistiria, mas também não esperaria muito do filme. Melhor assistir Kick Ass 2, que já vazou num cinema do japão.