Diferentemente dos mencionados acima, ele é uma espécie de refilmagem - isso foi o que li, já que não assisti o Django original dos anos 60. Talvez esse seja o motivo pelo qual o filme é um pouco mais simples que os outros, talvez a liberdade criativa não pode ser tanta. A narrativa é mais linear e a história não tem grandes viradas. Fora isso, os elementos clássicos do gênero Tarantino estão lá: violência, explosões, diálogos afiados, humor, personagens secundários e muito sangue. Inclusive a aparição do próprio Tarantino, que ao contrário do Hitchcock, faz questão de ser sempre muito notado. É um baita egocêntrico. Sobre os diálogos, há um sensacional, digno de Monty Python. É a parte que Big Daddy e a sua gang estão preparando o ataque ao Django e dr.King.
Voltando à trama... Django é um escravo libertado que busca salvar sua esposa das mãos de um sádico fazendeiro, contando com a ajuda de um alemão dentista caçador de recompensas. Para caber num tuíte é isso. Django é Jamie Foxx, o fazendeiro é Leonardo DiCaprio e o alemão é Christopher Waltz - Coronel Hans Landa que rouba a cena em Bastardos Inglórios e nesse faz o mesmo.
Django é encontrado por dr King Schultz, para que ajude o dentista a caçar alguns homens, já que Django os poderia reconhecer. Dr Schultz é um caçador de recompensas, ou seja, ele pega os cartazes de PROCURADO e sai procurando os bandidos (quem já jogou Red Dead Redemption sabe. alias recomendo esse jogo). Por que Django ajudaria o Dr? Simples, ele promete libertar Django uma vez que completassem a missão.
Enquanto trabalham, vão criando um laço de amizade. Laço esse que se fortifica quando Django conta sua história de amor: após uma tentativa de fuga, ele e sua esposa foram separados, vendidos para diferentes fazendas. Os dois fazem uma parceria para resgata-la. Descobrem que está em posse de Calvin Candie - o fazendeiro sádico. Compra-la certamente não será simples, por isso elaboram um esquema para isso conseguir. Assim entra no filme, um pouco tardiamente, o vilão Leonardo DiCaprio e seu escravo braço-direito, Samuel L Jackson, que faz um personagem odioso.
Sobre as atuações: DiCaprio como vilão é perfeito. Samuel L Jackson também. O austríaco (ou alemão?) como coadjuvante nem se fala. Jamie Foxx como principal na minha opinião não combinou muito. Colocou uma marra excessiva no personagem. O que não me agradou tanto no filme foram 2 coisas que já mencionei: a entrada tardia do vilão e a narrativa linear, que acabou por simplificar o filme. Poderia ter tido mais elementos de surpresa... sei lá, não sou cineasta!
Django e Calvin Candie |
A trilha sonora como sempre é sensacional. Mistura clássicos que remetem aos antigos faroestes e também novos da black music. Se quiserem ouvir todas, tem esse canal do youtube: Django soundtrack. Quem preferir também pode entrar nessa playlist do grooveshark. A minha preferida:
A nota atual no imdb é 8.7. Acho que por ser um lançamento a nota é tão alta, deve baixar daqui algum tempo. Mesmo assim, é um baita filme.
2 comentários:
Concordei com a crítica e com a música preferida! demais!
Só fiquei curiosa pra saber qual o diálogo que tu achou estilo Monty Python??
Baita filme, concordo. Só não vale 8,7. Bastardos inglórios talvez sim. Me apavoro com Christoph Waltz... que cara mestree!
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