domingo, 23 de agosto de 2015

Bastion

A Super Giant Games é uma empresa que está chamando atenção pela criatividade e beleza dos produtos. Sendo uma produtora indie, a SGG tomou suas liberdades para apresentar Bastion, seu primeiro e muito bem avaliado jogo.

Kid, o heroi.
No jogo, você é Kid, um garoto (ou garota) que misteriosamente sobrevive à Calamity, um desastre que eliminou a maior parte dos habitantes de Caelondia. Diante do desastre, Kid vai para o Bastion, centro da cidade e destino seguro nas emergências. Ao chegar lá, ele encontra um Stranger, que o orienta a buscar cristais para restaurar a cidade.

Ao longo do jogo, o jogador encontra outros sobreviventes; descobre sobre o conflito com os Uras, um povo vizinho à Caelondia e entente o que causou a Calamity. O jogo possui dois finais, mas a opção por eles é bem clara e próxima ao término. Fora isso, não há como influenciar na história.

O  jogo é em estilo beat'em up sobre um tabuleiro em 3 dimensões, com a câmera fixa sobre o personagem, que fica no centro. Todos os cenários são em ilhas flutuantes, e o personagem pode cair nas bordas, pontes e buracos, mas isso só faz com que Kid perca um  pouco de vida. O destaque é que as peças que montam o tabuleiro flutuante vão caindo do céu com o avanço do personagem, em um estilo único de progressão.

A cada cristal que o jogador coleta, é possível restaurar uma construção na cidade ou melhorá-las. Há seis construções diferentes, que permitem trocar e personalizar as armas, adquirir itens, alterar bônus do jogador e dar bônus aos inimigos, o que aumenta a dificuldade do jogo e as recompensas.

O jogador usa duas armas por vez, encontradas ao longo do jogo e um escudo. Há nove armas diferentes, cada uma com seus pontos fortes e fracos que podem ser calibrados pelos upgrades. O escudo não pode ser alterado, mas é uma arma importante, pois defesas precisas refletem projéteis e paralisam oponentes.

O nível de dificuldade depende da decisão do jogador. Os upgrades os inimigos podem ser editados livremente no centro da cidade (depois que o Templo é construído), e podem alterar bastante a estratégia de jogo. Sem eles, os inimigos são fáceis uma vez que o jogador domina a mecânica.

Ao tornar editável as qualidades das armas, dos inimigos e da própria cidade princial. Bastion assume uma jogabilidade única para cada jogador. Por melhor que seja, a customização não é o ponto forte de Bastion.


A sensacional arte de Bastion.
As cores de Bastion são explosivas. Embora os cenários girem em torno de 3 temas (cidade, pântano e cavernas), as combinações de cores e itens emprestam identidade a cada nível. Por outro lado, o cenário vivo - que literalmente cai do céu - gera uma satisfação na progressão pelo jogo.

Stranger, o interlocutor do jogo.
Melhor do que o visual, o áudio é fantástico. Durante todo o progresso do jogo, Stranger conversa com o jogador, descrevendo os cenários, as ações e sentimentos de Kid, a história de Ceolondia ou simplesmente contando suas experiências. A narração não é pedante e se limita a transmitir informações, mas agrega à experiência do jogo, contribuindo para o cenário fantástico de Bastion.

Combinando um  cenário que é montando com a progressão do jogador e uma narração detalhada, Bastion parece dialogar com o jogador, como se o jogo fosse uma história viva e muito bem contada.

Pra completar, a música é de uma qualidade excelente e integrada ao jogo. Depois de algumas horas, é difícil dizer se eu estava escutando um álbum de música que vinha com um jogo ou um jogo com uma excelente trilha sonora.
I dig my hole, you build a wall
I dig my hole, you build a wall
One day that wall is gonna fall Gon' build that city on a hill
Gon' build that city on a hill
Someday those tears are gonna spill

Bastion está disponível para diversas plataformas. Eu recomendo o título para todos os tipos de gamers, dos casuais ao pessoal mais hardcore.


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