sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Assalto ao Banco Central

A narrativa do maior assalto a banco da história do Brasil tem todos os elementos clichês de um blockbuster americano: a montagem da equipe, o líder fodão, a ideia de um motim, o policial velhote que não sabe viver no mundo atual, o policial novato cheio de talento e ambição, o policial corrupto, o ladrão carismático, o ladrão desastrado, os momentos de tensão, a torcida pelos bandidos... enfim, todos aqueles personagens que já conhecemos estão lá. A trama já nasce sem elementos surpresa, evidentemente, portanto o desafio do diretor foi conseguir deixar o espectador sentado na ponta da cadeira. Ele faz isso intercalando a história entre os bandidos, os policiais, os interrogatórios e os corruptos. Dessa maneira acabou deixando tudo sem meio de campo, foi direto ao ponto na construção do perfil de cada personagem e também na história, o que justifica a primeira frase desse texto: todos os clichês estão lá.

Sobre o elenco, somente tenho a dizer que o Lima Duarte parece estar interpretando um drama pessoal: está velho, está na hora de parar.

Fiquei o filme inteiro com a sensação de que se fosse feito em Hollywood seria apenas levemente diferente. Talvez o modo de contar a história, a linearidade e o momento em que a historinha dos policiais encontra a historinha dos bandidos. De qualquer maneira, gostei do filme, mais um do gênero "fatos reais", que me agrada bastante.

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