sexta-feira, 19 de julho de 2013

O preço do amanhã

Estava eu no sábado a tarde, deitado na cama, sendo um vegetal. O melhor programa de final de semana. Fazia nesse momento algo inesperado: passava os canais da TV a cabo, esperando que o acaso me preparasse algo que valesse a pena assistir. Não digo que o acaso conseguiu, mas certamente chamou minha atenção por um pouco de tempo.
Caí no Telecine de cara na cara do Justin Timberlake. Isso normalmente me faria trocar direto pro Zorra Total ou pelo menos para o canal que fica vendendo tapetes. O Justin Timberlake só pode ser primo do Orlando Bloom, os dois piores atores que pegam bons papéis. O que prendeu minha atenção foi que bem na hora estava aparecendo o braço do personagem.

O braço esquerdo das pessoas no filme O PREÇO DO AMANHA

A imagem me interessou, e como estava no inicio do filme, resolvi dar uma chance. 
Um filme de ficção científica. A história se passa em um mundo parecido com o atual, onde a expressão "tempo é dinheiro" é levada ao pé da letra. Não existe moeda, somente o tempo. 
As pessoas nascem e crescem até os 25 anos, quando em algum momento o seu relógio começa. A partir daí cada um ganha um prazo (acho que inicialmente é 1 ano), e não envelhece mais. Esse é um cronometro regressivo e também a conta bancária da pessoa. Quer comprar um sanduíche? São 5 minutos. Quer um champagne caro? 1 semana. Observe, quando o cronometro zerar, tu morres.
Dito isso, o enredo do filme é o seguinte: Justin (Will Salas) é um cara da periferia que é acusado de assassinar um milhonario e roubar seu tempo. Um milhonario aqui é um cara com muitos tempo no seu cronometro - tempo para comprar tudo e para viver muitos anos. Na realidade ele não mata ninguem, a parte inicial eu perdi, mas sei que o ricasso dá os anos para Justin, que antes vivia de moeda em moeda, digo, minuto em minuto, passa a ter muito tempo para gastar.
Ele então muda de vida. Vai para uma outra cidade, onde moram os milhonarios, compra carro, come bem e conhece uma gatinha rica. Obviamente a polícia está atrás dele, pois é suspeito de assassinato. A partir daí o filme fica bastante previsível e cliché. Perseguição, vilões, brigas e reconciliações, uma leve sindrome de Estocolmo. Numa ficção acho que isso é um grande erro, pois a ficção bem escrita não  mastiga a história para a audiência. Mas novamente, é um filme com o Justin Timberlake...
Mãe, irmã e filha. 
O que achei mais interessante são os detalhes de um mundo como esse. Por exemplo, por ser um cara da periferia, o Justin está sempre correndo - literalmente - para não perder tempo. Outro detalhe, as pessoas ricas vivem por muito tempo, assim, as mães, filhas, irmãs e tias se parecem muito, uma vez que chegando aos 25 anos ninguém envelhece. E essas pessoas ricas passam o tempo todo protegidas por guarda costas, para que não morram por nenhum acidente.
De modo geral, é interessante, mas não espere muita coisa. Nota 6.6 no imDB.
E quem tiver interesse em pensar sobre vida eterna e suas possibilidades, sugiro o blog de um amigo: www.medreg.com.br (ou clica aqui).

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