Fugindo um pouco dos filmes e seriado, decidi falar sobre livros. Vamos falar sobre 1984, romance escrito por George Owell (psieudônimo de Eric Arthur Blair e autor de A revolução
dos bichos).
O personagem principal - Winston Smith –
vive em uma sociedade dividida entre burocratas e proletários. A nação, em
guerra constante com as outras duas potências mundiais, é comandada por um
líder intocável: o big brother.
A ditadura comandada pelo big
brother determinada tudo o
que você deve fazer, onde você deve estar, com quem você deve se relacionar. O
controle era tanto que mesmo pensar errado já era um crime, ou melhor, um thoughtcrime.
Como esse controle é atingido? Por meio de
um Telescrean, uma espécie
de aparelho de TV com câmeras e microfones. É praticamente impossível fazer
alguma coisa sem estar no campo de visão de uma Telescrean, sem ser controlado
ou vigiado. The big brother is
alwayas watching, Always.
Dentro desse cenário, Winston vive um
romance proibido e começa a tentar desvendar os segredos desse sistema que
comanda a vida de todos. Depois, a trama se torna relativamente complexa, trazendo com personagens que atuam na resistência ao regime ditatorial e também com vigias, torturadores, agentes disfarçados.
Não dá pra esquecer que
esse livro foi lançado há mais de 60 anos, e talvez o futuro improvável que
George Owell imaginou não esteja tão distante assim. Todo mundo sabe que
facebook e google nos conhecem melhor do que nossas mães, mas isso já é notícia
velha. Agora, descobrimos que o governo americano monitora ligações sem
precisar de uma probable cause,
mas tudo bem, todo mundo já desconfiava disso. O que me deixa preocupado é o
novo Knect do Xbox One, que vai literalmente monitorar o batimento cardíaco daspessoas. Não acho que o governo americano vá nos monitorar por redes sociais ou
videogames, mas, pensando bem, que controle temos sobre o que fazem com as nossas informações?
É por conta desse cenário que eu acho que
livros como 1984 são importantes. Eles pegam um ponto – no caso, a censura do
governo – e o levam ao extremo, despertando a nossa atenção para coisas que nos
passam despercebidas no cotidiano. Não estou dizendo que precisamos encaixar
nossa realidade na obra de Owell e usar ela como um guia, uma profecia. Porém,
depois de ler esse livro, você vai ver de uma forma diferente os limites da
nossa privacidade e, principalmente, o quanto abrimos mão desses limites para
participar do mundo moderno.
PS: Depois de escrever esse post, descobri que o livro já virou filme há algumas boas décadas. Eu não vi o filme, mas descobri que ele está disponível na íntegra no youtube. Um dia eu faço uma review do filme, mas não tenho pressa, até porque the book is always better.
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