domingo, 4 de setembro de 2011

Das weiße Band, Eine deutsche Kindergeschichte

Filmado totalmente em preto e branco - se fosse colorido, não teria o mesmo valor, A Fita Branca, de 2010, se ambienta em um vilarejo alemão no início do século passado, pouco antes do início da Primeira Guerra Mundial. Nele, a vida dos habitantes transcorre "normalmente", sob a tutela do conservadorismo e do fanatismo religioso. Acontecimentos estranhos então abalam toda a comunidade.



Nem tempo, nem local são os mesmos. Entretanto, se vê nítida uma relação (não conexão) entre os dois últimos trabalhos de Haneke. O diretor soube como abordar, tanto Caché quanto em A Fita Branca, o comportamento do homem em situações de difícil lida. Mais uma vez, o clímax é o próprio enredo, e não os cinco minutos finais. Isso pode até deixar alguns espectadores revoltados, mas dá mais sentido ainda a obra.
O austríaco teve êxito também em mostrar o quanto somos influenciáveis pelo meio, seja ele a comunidade ou a família, e o quanto isso pode vir a trazer conseqüências drásticas. Naturalismo puro! O que será das crianças no futuro? Certo ou errado, a jogada foi sensacional.
Venceu Cannes 2010. Sem reparos. Pra mim, esse sim, o melhor da década.

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